terça-feira, abril 01, 2014

Vice-presidente do BCE reage a Barroso. Constâncio diz que só houve "uma conversa geral" com o então primeiro-ministro sobre o BPN. "Fomos sempre muito ativos a investigar o BPN", assevera.




Constâncio contradiz Durão e garante que foi muito ativo a investigar o BPN

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Vítor Constâncio diz que nunca foi convocado por Durão Barroso entre 2002 e 2004 para falar especificamente sobre o BPN. E que os então governador do Banco de Portugal e primeiro-ministro falaram apenas uma vez (e não três vezes, como diz Barroso) e que foi "uma conversa geral". 

Esta resposta é contraditória com a versão que Barroso contou ao Expresso no fim de semana. "Quando eu era primeiro-ministro chamei três vezes Vítor Constâncio a São Bento para saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade", disse o presidente da Comissão Europeia.  

A resposta de Constâncio veio hoje, numa declaração em Atenas feita aos jornalistas, que foram convocados expressamente para esse efeito, à margem da reunião do Ecofin, que decorre na capital grega. 



"Depois de tantos anos, não recordo qualquer convocação exclusivamente sobre o BPN. Recordo apenas uma conversa geral em que se falou de preocupações com o BPN, mas nada de muito concreto", afirma Constâncio. "Sobre esta questão, o ponto mais importante é de que nunca recebi qualquer informação sobre possíveis irregularidades concretas no BPN".  
Numa declaração lida, Constâncio afirmou ainda: "Nada sobre o BPN foi, porém, ignorado. Fomos sempre muito ativos em investigar qualquer preocupação com o BPN, que foi o banco do sistema mais vezes inspecionado pelos serviços do Banco de Portugal, conduzindo a aumentos de capital acima do mínimo regulamentar, mais provisões e também a impedir a abertura do capital em Bolsa". 
"Apenas em 2008, quando as irregularidades se tinham acumulado, uma carta anónima revelando conhecimento interno do BPN permitiu iniciar a investigação que conduziu pouco depois à confissão pela então recente gestão de que existiam duas contabilidades, sendo uma secreta para esconder irregularidades e perdas", prosseguiu o atual vice-presidente do BCE. 
"Este e outros pormenores", aditou Constâncio, "foram longamente explicados por mim e outros funcionários do Banco de Portugal em duas audições parlamentares cujos registos podem ser consultados." 

"Em suma, sobre a substância do caso não existe nada de novo".
Toda esta declaração foi lida, tendo depois Vítor Constâncio respondido a poucas perguntas dos jornalistas. Questionado sobre se se recordaria das três conversas referidas por Barroso, o número dois do BCE respondeu que "com certeza que me recordaria, é natural, não me recordo de ter sido convocado alguma vez expressamente e exclusivamente para falar sobre o BPN. Honestamente não me recordo." 
"Estamos a falar de acontecimentos de há 11, 12 anos", notou. O caso "foi há muitos anos, não me recordo de ter sido alguma vez convocado exclusivamente sobre o caso BPN. Estive várias vezes com o então primeiro-ministro e falámos de muitas coisas e também sobre o BPN embora, repito, sem qualquer evidência de irregularidades concretas que pudessem ser imediatamente investigadas." 
"Para mim o assunto termina aqui", concluiu.




Cinco ex-responsáveis do Banco de Portugal defendem Constâncio


“A supervisão bancária não é um sistema de investigação de crimes financeiros.

É irrealista a imagem criada de um supervisor que pudesse acomacompanhar em tempo real os milhões de operações que ocorrem a cada instante no sistema financeiro”.
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/cinco-ex-responsaveis-banco-portugal-defendem-constancio-no-caso-bpn













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