quinta-feira, fevereiro 23, 2017

ESTA DOR QUE ME MOVE

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital


Aproximação do poema pessoano ao 
poema camoniano


Nos poemas d`”Os Lusíadas” referidos aos cantos III,

 estâncias 57 e 58, retrata a formação de Lisboa por
 Ulisses, “que edificada foste do facundo”, o que se
 aproxima muito com o poema pessoano, pois no
 poema de Fernando Pessoa, na segunda estrofe,
 existe um recuo com n`”Os Lusíadas” para o 
passado de Portugal, onde se refere à formação
 de Lisboa e o facto de esta ter sido fundada por
 um guerreiro lendário grego da antiguidade,
 conhecido pela sua coragem e perseverança: Ulisses.
Já no canto VIII na estância 4, Camões refere-se à

 chegada pela primeira vez de Ulisses a Lisboa “vês outro, 
que do Tejo a terra pisa”, faz ainda referência ao facto da 
sua história antes de fundar Lisboa, do seu “tão longo 
mar arado”, da sua longa e atribulada viagem na tentativa
 de regresso à sua terra natal, onde ficou conhecido pelos
 seus grandes feitos. Esta estância aproxima-se do 
poema pessoano “Ulisses”, pois foi através da sua 
viagem e chegada a Lisboa, fundando-a, que ficou 
relembrado como uma lenda em que os Portugueses
 foram “criados”.
Na estância 5, fala-se numa “Deusa que lhe dá língua 

facunda”, esta deusa segunda a lenda é Minerva,
 deusa da Sabedoria, que surgia sempre para Ulisses 
em situações perigosas e que necessitassem de ajuda. 
Nesta estrofe Camões quer referir que o Herói Ulisses
 não era apenas força e coragem, mas também sabedoria,
 conhecimento e cultura. Pessoa faz referência no poema
 “Ulisses” ao que significa mito e o que ele importa
 para a vida e para a construção de um Quinto Império,
 não da força bruta e física, mas da força intelectual e cultura.
As estâncias de Camões e o poema de Pessoa aproximam-se

 no factos destes dois poetas fazerem referência ao 
valor da cultura e conhecimento para o povo português 
e que a lenda deve ser continuada por Portugal. Pessoa
 previu a construção do Quinto Império, no entanto
 Camões apenas critica o facto de não se valorizar a cultura 
em Portugal.


Música relacionada com o poema
“A Portuguesa” – Hino de Portugal

Heróis do mar, nobre povo
Nação valente e imortal.
Levantai hoje de novo
No esplendor de Portugal.
Entre as brumas da memória.
Oh pátria sente-se a voz,
Dos teus egrégios avós
Que há de levar-nos à vitoria.
Às armas, às armas
Sobre a terra e sobre o mar
Às armas, às armas
Pela pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Escolhemos esta célebre música porque fala

 do povo português e dos seus feitos (Descobrimentos).
 De uma forma indirecta podemos dizer que se faz
 uma pequena referência ao Quinto Império,
 “levantai hoje de novo o esplendor de Portugal”
faz referência aos nossos antepassados “entre 
as brumas da memória” e “dos teus egrégios avós”.
 É uma música que identifica Portugal, é como um símbolo!

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