quarta-feira, abril 09, 2014

Empreendedor de Boticas

O ex-dirigente do PSD, Fernando Campos, que liderou a Câmara de Boticas durante quatro mandatos e que hoje preside à assembleia municipal, é acusado pelo Ministério Público (MP) de abuso de poder e de falsificação de documentos.

Os factos remontam a 2008, 2009 e 2010, altura em que Fernando Campos liderava a Câmara de Boticas, e Fernando Queiroga, actual presidente da concelhia do PSD de Boticas, era seu vereador.

http://www.publico.pt/politica/noticia/ministerio-publico-esta-a-investigar-dois-autarcas-do-psd-por-abuso-de-poder-e-falsificacao-de-documentos-1631647


“Ética e moralmente vão ter de esclarecer o que é que aconteceu, por que o que está em causa é um concelho cujos órgãos autárquicos municipais são presididos por duas pessoas que neste momento são acusadas de abuso de poder”, declarou ao PÚBLICO Ana Luísa Monteiro, a única vereadora socialista no executivo de Boticas.
A vereadora da oposição entende que para que as "pessoas possam ter confiança nos órgãos autárquicos é fundamental que os presidentes de câmara e da assembleia municipal digam o que verdadeiramente se passou”. Quanto ao PS, revela, vai pedir esclarecimentos a nível da assembleia municipal e solicitar cópia da acusação ao tribunal.
Os factos remontam a 2008, 2009 e 2010, altura em que Fernando Campos liderava a Câmara de Boticas, e Fernando Queiroga, actual presidente da concelhia do PSD de Boticas, era seu vereador.
A acusação do MP Boticas contra Fernando Campo, ex-presidente da concelhia social-democrata de Boticas e vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, e o seu vereador Fernando Queiroga, hoje presidente do executivo, foi deduzida a 12 de Fevereiro e divulgada esta semana pela Procurador-Geral Distrital do Porto.
Segundo o despacho do MP de Boticas, os dois autarcas “usaram os seus poderes para conceder apoio à infra-estruturação de um edifício pertencente a uma cooperativa [Cooperativa Agrícola de Boticas]”, ou seja, em propriedade privada. No valor de 29.818,50 euros terão sido, segundo o despacho, “sustentadas num simulado procedimento de obra pública de alargamento de artéria e de pavimentação dos respectivos passeios”.
O concurso público tinha em vista, diz o MP “a execução de uma obra com benefícios ilegítimos para a cooperativa e, consequentemente, causar prejuízos ao erário público de valor correspondente àquele que indicou como preço estimado para a execução da obra”. António Teixeira ao agir como agiu ajudou “os arguidos Fernando Campos e Fernando Queiroga na concretização do plano que estes haviam delineado, bem sabendo que aquele procedimento era contrário à lei e que, ao auxiliá-los, como auxiliou, estava também a ele próprio a agir contrariamente à lei e com intenção de causar prejuízos ao erário público”.
De partida para Moçambique, Fernando Campos falou com o PÚBLICO mas não quis prestar declarações sobre o caso “enquanto não souber” do que é que se trata.
Ao fim de quatro mandatos consecutivos à frente da Câmara de Boticas são muitas as vozes que questionam o “imenso património” que Campo foi construindo. “Em Boticas não se fazia nenhuma obra que não passasse pela mão dele”, declarou ontem ao PÚBLICO uma fonte . Por seu lado, uma outra fonte, José Reis Moura, afirmou que quando “Fernando Campos quando foi eleito pela primeira vez  presidente de câmara era administrador florestal e não se lhe conhecia património nenhum especial".
É avassalador , o Colégio da Buenos Aires produz  empreendedorismo para dar e vender

http://www.publico.pt/politica/noticia/ministerio-publico-esta-a-investigar-dois-autarcas-do-psd-por-abuso-de-poder-e-falsificacao-de-documentos-1631647

Sem comentários: