Proposta é discutida numa reunião privada na Câmara de Lisboa, amanhã, quarta-feira.
A Câmara de Lisboa discute na quarta-feira uma proposta, assinada pelo presidente do município, António Costa, para a atribuição da Chave de Honra da Cidade ao antigo Presidente da República Mário Soares.
"Numa ocasião de tão grande significado, aquela em que ele comemora o seu 90.º aniversário, tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere atribuir a chave de honra da cidade de Lisboa ao Dr. Mário Soares, em reconhecimento pelos serviços prestados e em louvor do seu combate pela democracia, pela cidadania, pela cultura, pela projeção de Portugal e da sua capital no mundo", refere António Costa na proposta, que vai ser discutida numa reunião privada e à qual a agência Lusa teve acesso.
Segundo o documento, a Chave de Honra da Cidade de Lisboa é atribuída a "personalidades de reconhecido mérito que se notabilizaram e prestaram relevantes serviços à cidade" e Mário Soares "deu contributos fundamentais para a projeção de Lisboa e demonstrou sempre uma enorme fidelidade à sua cidade natal", enquanto desempenhou cargos como deputado nacional e europeu, ministro, conselheiro de Estado, primeiro-ministro e Presidente da República, depois do 25 de Abril.
O antigo Presidente da República vive atualmente em Lisboa (na zona do Campo Grande), cidade onde esteve preso durante o Estado Novo (na cadeia do Aljube), por ser um "resistente à ditadura", recorda o presidente da Câmara, de maioria socialista, no documento.
"A Lisboa de Soares [...] é a Lisboa da Baixa, onde teve escritório de advogado, na Rua do Ouro, e a Lisboa dos cafés que frequentou em tertúlias políticas e intelectuais. É a Lisboa do comício da Fonte Luminosa e a Lisboa dos alfarrabistas, das livrarias e dos cafés. É a Lisboa do velho Parque Mayer, onde aplaudia as revistas à portuguesa, que não perdia, e a Lisboa da varanda do Palácio de Belém, de onde gostava de olhar o Tejo. É a Lisboa das marchas populares, cujo renascimento patrocinou, e a Lisboa da Estação de Santa Apolónia, onde regressou a Lisboa na Revolução do 25 de Abril", pode ler-se.
Ler Artigo Completo | (Pág.1/2) |
Sem comentários:
Enviar um comentário