sábado, agosto 29, 2015


O ex-presidente da Comissão Europeia esteve em Castelo de Vide para uma aula sobre “o que se passa com a Europa”. Os alunos eram os jovens sociais-democratas que estão a frequentar a habitual Universidade de Verão do PSD, que marca a reentré do partido, e o tom foi o de um professor. O que foi a chamada “crise do euro”?, perguntou à plateia. “A crise não foi a crise do euro” e também “não foi a troika que criou a crise, foi a crise que criou a troika”, respondeu de seguida, como que desconstruindo os seus 10 anos à frente de uma União Europeia em crescimento (e em sofrimento). Pelo caminho, pormenores sobre as suas reuniões com Obama, Bush, Sarkozy e até Cristina Kirchner, que “dava lições de 45 minutos sobre o que devíamos fazer na Europa”. “A crise do euro é uma expressão curiosa, sugere que o euro está no centro da crise. Mas não é verdade, o que esteve em crise não foi o euro, o euro manteve-se sempre como moeda estável e sólida. A crise nasceu nos EUA, e o detonador foi a falência do Lehman Brothers, a crise do subprime, o crédito excessivo dado
 a quem não tinha como pagar”, começou por dizer Durão Barroso, numa tentativa de provar por a b que a crise não se limitou aos países da Europa, nem teve aí o seu epicentro. Então perguntou: “Alguém me sabe dizer qual foi o país que teve de mobilizar mais dinheiro dos contribuintes para salvar os seus bancos?”. Na plateia alguém arriscou em cheio. “Exato, o Reino Unido. E o segundo foi a Alemanha”. Ou seja, não foi a Grécia, nem Portugal, nem Espanha. Mais uma pergunta para o teste: 

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