segunda-feira, dezembro 12, 2016

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital


Cerimónia começou com o tributo a Ban Ki-moon e deverá concluir com o discurso do seu sucessor.
O presidente da Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson, lembra o histórico processo para eleger o novo secretário-geral, António Guterres, no início da cerimónia de juramento. E diz que ele é "um homem que encarna o espírito das Nações Unidas". E diz que todos os membros vão apoiá-lo no seu trabalho.
Último discurso de Ban Ki-moon
"Estou muito emocionado pelo vosso tributo", disse Ban Ki-moon, falando do privilégio que foi ser secretário-geral das Nações Unidas. "Para mim, o poder das Nações Unidas nunca foi abstrato ou académico", explicou. "É a história da minha vida. Esta apreciação profunda tornou-se ainda mais forte todos os dias do meu serviço nas Nações Unidas", acrescentou.
O sul-coreano diz que o mundo enfrentou vários desafios nos últimos 10 anos, desde crise económica à irrupção de novos conflitos, doenças, desastres naturais. "Este tumulto testou-nos", afirmou. Ban Ki-moon discursa primeiro em inglês e depois passa para o francês. "Os princípios da carta das Nações Unidas devem continuar a mover o nosso mundo", refere.
Ban Ki-moon destaca o "caleidoscópio de rostos" com que se cruzou ao longo dos últimos dez anos. "Mesmo quando me preparo para sair, o meu coração fica aqui", afirma, dizendo passar o bastão a Guterres, "um homem de integridade e compaixão". E termina desejando ao novo secretário-geral e a todos os estados-membros "paz, prosperidade e grande sucesso".
Ao terminar o discurso, Ban Ki-moon é ovacionado pela Assembleia-Geral.
Tributo a Ban Ki-moon
Antes do discurso do secretário-geral, o representante de Laos na ONU apresentou uma resolução de tributo a Ban Ki-moon, agradecendo o trabalho que este desempenhou ao longo de 10 anos, que foi aprovada por todos os membros da Assembleia Geral. Ban Ki-moon deixa o cargo no final do ano, sucedendo-lhe António Guterres.
A resolução "presta tributo a Ban Ki-moon pelo seu contributo excecional para o trabalho da organização e as suas realizações em melhorar a vida das pessoas e proteger o nosso país para futuras gerações e em promover e proteger os direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, no interesse de um mundo mais seguro".
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"Ele guiou as Nações Unidas por um período de mudanças", indicou também o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Peter Thomson. Um dos temas destacados foi, por exemplo, o apoio de Ban Ki-moon à igualdade de género que tem sido "a pedra angular do seu mandato".
Os vários representantes regionais fazem depois a sua homenagem a Ban Ki-moon. O representante de Burkina Faso, em nome do grupo africano, destacou o seu "serviço à humanidade" e o papel que teve durante a epidemia do ébola.
O representante da Costa Rica destacou a "sabedoria" e "determinação" de Ban Ki-moon ao longo da última década. E recorda as palavras do secretário-geral: "Não temos um plano B, porque não temos um planeta B." Lembrando que ele prometeu ser um "construtor de pontes", disse que ele cumpriu.
O embaixador da Suécia nas Nações Unidas, em representação da Europa Ocidental, diz que Ban Ki-moon tem sido "o rosto e a voz da ONU", tendo defendido o papel das mulheres e que os direitos humanos estão no centro de tudo. E fala num mundo "mais ligado do que nunca", lembrando que no ano em que tomou posse, foi também apresentado o iPhone.
O representante sueco indica que Ban Ki-moon foi "um verdadeiro campeão do clima", destacando o seu trabalho para tornar o Acordo de Paris numa realidade.
Os membros da Assembleia Geral também agradeceram o "apoio constante" da mulher de Ban Ki-moon, Ban Soon-Taek. A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas agradece o seu "sacrifício" e o da sua família.
Samantha Power começa a homenagem falando da infância de Ban Ki-moon e de como o secretário-geral ainda hoje não sabe a sua data de nascimento, já que os pais decidiram só o registar quando soubessem que ele ia sobreviver. E fala da zona rural da Coreia do Sul onde o secretário-geral da ONU nasceu em 1944, das suas origens humildes e do conflito que o rodeava.
A embaixadora fala da "crença duradoura" de Ban Ki-moon de "não deixar ninguém para trás", da sua "devoção" em relação às alterações climáticas e aos perigos que isso representa e da forma como sempre "defendeu a dignidade dos mais marginalizados".
"Em nome dos nossos filhos, e dos filhos dos nossos filhos, nunca poderemos agradecer o trabalho de Ban Ki-moon", diz Samantha Power, que acrescenta que Guterres "é o homem para este trabalho, em tempos desafiadores".
Convidados de Guterres
António Guterres veio acompanhado pela mulher, Catarina Vaz Pinto, pelos filhos Mariana e Pedro, e pela irmã Teresa, mas nenhum do familiares está disposto a quebrar a regra de silêncio que os tem caraterizado. O padre Vítor Melícias e o médico pessoal Leopoldo Matos, pelo contrário, não fugiram a manifestar a alegria e o orgulho de estarem com o amigo António Guterres neste dia feliz. Vieram de Lisboa de propósito e já estão emocionados, já guardaram algumas lágrimas que sabem que vão deixar sair no momento do juramento.
Mas a cerimónia será longa, com intervenções do presidente da Assembleia Geral e de representantes das diferentes regiões do globo, unânimes no elogio ao secretário-geral cessante.
Marcelo está sentado no lugar da delegação portuguesa, ao lado de António Costa.
Em atualização

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