quinta-feira, dezembro 08, 2016

esta gente anda por aí

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital


Instado por um leitor que alega que muitos dos seus amigos tiveram alguma dificuldade em captar o sentido que aqui temos exposto, vou tentar sumariar agora as questões essenciais em que temos insistido.

Primeiro que tudo, o motivo que me incentivou a expor de uma forma sequente aquilo que tenho sempre dito acerca do assunto BPN e a suspender o silêncio sobre algumas questões particulares, foi pessoal. Embora, em si, seja ilustrativo da farsa quue nos têm vendido acerca do BPN.
Tratava-se da ‘’colecção egípcia’’, que não podemos dissociar da colecção de pinturas de Miro, ambas alegadas por Miguel Cadilhe, em 2008, como ‘’tóxicos’’ do banco.

No essencial, demonstrámos que, com a cumplicidade dos arqueólogos, cujas razões ainda se apurarão, a ‘’colecção egípcia’’ não é egípcia, não constituía ‘’tóxico’’ algum, nem ninguém, até ao momento, alegou com fundamento que não seja autêntica.

O que podemos concluir é que, com o pretexto de que seria ‘’extravagante’’, ´´egípcia’’ e falsa, se lhe perdeu, até prova em contrário, o paradeiro.

Da mesma forma, parece ter-se perdido o paradeiro à colecção de obras de Miro, uma vez que o Estado insiste em não a divulgar, insistindo todavia em divulgar supostas transacções, em carrossel, entre os parceiros da PARVALOREM.

O tema das colecções de ‘’arte egípcia’’ e de obras de Miró não foram senão o primeiro pacote de fogo de artifício ilusionista que atiraram aos portugueses para não entenderem a verdadeira natureza e dimensão do problema.
De igual modo, foram fogo de artifício os sucessivos processos judiciais até agora desencadeados, envolvendo pressupostas fraudes de alguns milhões de Euros.

Porque o que vai correndo, por detrás de toda a farsa que vão representando para os portugueses, é o imparável crescimento do buraco financeiro, que, sadicamente, é sempre nomeado como o activo do BPN, como se fosse uma reserva de riqueza. Para o efeito, o Estado criou algumas empresas públicas, entre as quais se destaca a PARVALOREM, que vão administrando o activo, mas, na realidade, parece que assumem créditos e se endividam no mercado, dando como garantia um activo ilusório, no essencial constituído por dívidas por cobrar da SLN ao BPN.

Pelo que continua por explicar a razão por que o Estado nacionalizou o BPN e deixou incólume a SLN.

Episódios como os das acções adquiridas por Cavaco Silva e Rui Machete, politicamente muito apelativas e sugestivas, fazem parte também do pacote programado para absorver a indignação e a ira dos portugueses. Que, de acordo com o que ciclicamente sugerem e sussurram, podem estar devedores, não se sabe a quem, de cerca de nove mil milhões de Euros em 2015, ou 2016.

Pelo que de novo há que exigir explicações para o Estado Português, em 2008, ter nacionalizado uma dívida traiçoeira com o pretexto de que nacionalizava um banco.

Se a questão não fica assim claramente sumariada, para já, peço que me coloquem mais questões, mesmo detalhadas.

Uma nota especial para o facto de ter sido ontem anunciado que, por pressão de Mira Amaral, com um pagamento recente, o Estado Português ter já pago ao BIC cerca de quarenta milhões de Euros. Afinal os portugueses venderam o BPN ou adoptaram um filho?

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