Os jornais deram-nos conta de um almoço no Algarve que juntou Zeinal Bava, Joaquim Oliveira e Miguel Relvas. Compreende-se a presença dos primeiros pois Oliveira tem 50% da Sport TV e a ZON o restante mas a PT quer comprar 25% do capital. Quanto ao ministro que tutela a comunicação social, confirma-se que gosta conviver com os donos da respetiva bola.
Quase ao mesmo tempo, soube-se que RTP, SIC e TVI não se vão candidatar ao tal jogo semanal em sinal aberto que a lei pelos vistos exigia embora, segundo Carlos Magno, sem caráter obrigatório - confirma-se, o português é uma língua muito traiçoeira...
A TVI entendeu que pagar 18 milhões por 15 jogos e direitos de imagem para os seus programas é muito. Vamos dar de barato que é caro. Mas não foi a TVI que comprou os direitos, até 2015, de um jogo por jornada da Champions, apostando num espetáculo que alavanca e levanta shares e audiências?
Há coisas difíceis de entender.
Esta é uma delas.
Três players (um certamente mandatado) afastam-se do negócio dos direitos televisivos internos e deixam a SPORT TV a tocar sozinha, transmitindo seis jogos em oito por jornada. Ou seja, o Zé Pagode se quiser ver um joguinho tem de pagar 25 euros a Oliveira e a Bava ou então de ir ao café fazer alguma despesa.
Com tudo isto, Mário Figueiredo, o presidente da Liga, perde margem de manobra na sua principal cruzada, precisamente a dos direitos televisivos. O líder da Liga tem sido vítima de sucessivos ataques desde que anunciou o fim do monopólio do Oliveira mais velho. Pôs o pé em terreno minado e agora tudo continua a explodir à sua volta.
A Figueiredo resta o apoio de um grupo ainda considerável de pequenos e médios clubes que entendem que 2 milhões de euros por ano é pouco quando os grandes já ultrapassaram a fasquia dos 15 milhões. É pouco, digo eu também, mas dá muito jeito pois Oliveira não só paga a tempo e horas como também antecipa.
O que pode fazer agora Figueiredo?
Bem, resta-lhe enviar uma queixa para a União Europeia, reclamando o fim de um monopólio ilegal segundo a lei europeia.
Mas certamente terá de esperar sentado pela resposta e quando ela chegar talvez já não seja ele o presidente da Liga.
Em 2014 há eleições na casa da Rua da Constituição.
Por outro lado, soube-se esta quarta-feira que Fernando Gomes mediou o encontro de Luís Filipe Vieira com o presidente da federação alemão e o presidente do Fortuna. É no mínimo interessante ver o empenhamento do presidente da FPF na melhor resolução de um problema que lesou a imagem internacional do Benfica enquanto o caso aguarda decisão do Conselho de Disciplina da FPF...
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