O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, formaliza na quinta-feira a sua candidatura ao cargo de secretário-geral do PS e apresenta na sexta-feira, ao final da tarde, em Coimbra, a sua moção de estratégia ao congresso.
A apresentação por António Costa da moção de orientação política estratégica para o congresso nacional do PS, que se realiza em Lisboa nos dias 29 e 30 deste mês, está marcada para as 18:00 horas no auditório da Fundação Bissaya Barreto em Coimbra.
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Até às eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS, agendadas para a semana anterior ao congresso (dias 21 e 22 de novembro), o candidato socialista a primeiro-ministro vai percorrer o país, tendo já reuniões marcadas com militantes de todas as federações do país - um périplo que foi coordenado pela vice-presidente da bancada socialista e líder da federação de Setúbal, Ana Catarina Mendes.
Ao contrário do que aconteceu no processo das eleições primárias de 28 de setembro, em que estes encontros eram totalmente abertos à comunicação social, agora a equipa do candidato socialista a primeiro-ministro apenas abrirá à comunicação social a intervenção inicial de António Costa.
Depois de apresentar a moção de estratégia em Coimbra, o presidente da Câmara de Lisboa desloca-se no sábado a Bragança, tendo uma sessão pelas 15:00 horas no auditório Paulo Quintela desta cidade.
No domingo, o provável futuro líder do PS estará em Castelo Branco, tendo um encontro com militantes no auditório da NERCAB também ao início da tarde.
Já no que respeita à moção de estratégia de António Costa, que definirá a linha política do PS nos próximos dois anos (período que inclui eleições legislativas e presidenciais), será balizada pelo programa "Agenda para a Década" - documento de médio prazo coordenado pela ex-secretária de Estado Maria Manuel Leitão Marques e que deverá incluir contributos provenientes de estruturas de reflexão política lançadas pela anterior direção socialista, casos do Laboratório de Ideias e Proposta para Portugal (LIPP) e da Convenção Novo Rumo.
Além da moção de estratégia, a equipa de António Costa entregará em breve um projeto de revisão dos estatutos do PS, o qual terá dois objetivos centrais: A consagração de eleições primárias nacionais abertas a simpatizantes quando se verificar a existência de mais do que um candidato; e o fim de parte substancial das alterações estatutárias aprovadas em março de 2012 pela anterior direção de António José Seguro.
Os apoiantes de António Costa estão contra a indexação dos congressos nacionais e das eleições diretas para a liderança partidária à duração das legislaturas no país, mas também contra a realização de eleições concelhias apenas depois de eleições autárquicas.
Desta forma, os mandatos dos dirigentes nacionais, federativos e concelhios do PS deverão voltar a ser de dois anos, tal como acontecia antes de 2012.
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