Para o escritor e comentador Miguel Sousa Tavares, a crise em Portugal "ainda não chegou ao fim". O que acabou, por outro lado, foi o país que está a ver a "juventude ir-se embora" e o país a envelhecer cada vez mais, refere esta quarta-feira em entrevista ao Diário de Notícias
Já tinha escrito há sensivelmente 18 meses que o País "finou-se" arrastando a banca comercial - o BPN é o exemplo que me levou a escrever a missiva, depois disso, temos o caso do BES e outros. É assim a vida vamos ter pagar os "ensaios"
No âmbito do lançamento do seu novo livro ‘Não se encontra o que se procura’, Miguel Sousa Tavares concedeu uma entrevista ao Diário de Notícias, hoje publicada, na qual não se consegue livrar de dar a sua opinião sobre o estado do país, conforme faz semanalmente na antena da SIC.
Considerando que o país ainda "não saiu da crise", o escritor contenta-se porém por ver que há países piores do que Portugal, como é o caso do Brasil, um dos “países mais mal governados de sempre", segundo o próprio.
“Apesar desta nossa crise, ainda somos dos poucos países, onde é possível viver com dignidade com menos dinheiro”, sublinha.
Apesar disso, revela que a crise foi tudo aquilo que pensou de pior e considera que “o país acabou” a partir do momento em que perdemos “350 mil pessoas em três anos e só no ano passado terem emigrado 110 mil jovens”.
“O país acabou quando se vê a juventude ir-se embora e as pessoas ficam envelhecer”, refere, defendendo que a situação poderá refletir-se no facto de ninguém ir votar nas próximas eleições, em 2015.
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