"Assistir a esta cimeira, ouvir aos EUA, a Rússia, a Alemanha, a Polónia a trabalhar na mesma direcção, a cooperar nos grande assuntos da segurança colectiva internacional representa um acontecimento histórico e uma notícia extraordinária", disse José Luis Rodríguez Zapatero.
"Foi uma cimeira transcendente porque nela se adoptaram decisões e se abriram novas etapas para a segurança colectiva dos países membros da NATO, para a segurança colectiva da Europa em geral e do mundo", disse.
José Luis Rodríguez Zapatero falava aos jornalistas depois de participar em Lisboa na cimeira da NATO e antes de regressar a Madrid.
Considerando que os passos dados em Lisboa permitiram consolidar "mais bases para garantir a segurança colectiva", Zapatero destacou a importância do "feito" que representou a reunião do Conselho da NATO com a Rússia.
Esse encontro, disse, "abre um campo de cooperação e expectativas até agora inédito, entre a NATO e a potência politica, militar que é a Rússia".
"Uma cooperação que se vai alargar aos campos da luta contra o terrorismo, de estabilização do Afeganistão, da luta contra a pirataria e, no que é novidade de grande relevo, a defesa antimísseis europeia que de forma cooperativa entre a NATO e a Rússia vai compreender todo o espaço europeu", disse ainda.
Para Zapatero este tem sido um trabalho de "grande dimensão" que "demonstra até que ponto mudaram as coisas no mundo em tão poucas décadas".
Segundo o chefe do Governo espanhol, grande parte do êxito da aproximação entre a NATO e a Rússia deveu-se "ao peso político do presidente Obama".
"Há dois anos, a situação na relação entre a NATO e a Rússia esfriou, devido aos acontecimentos na Geórgia, e o presidente Obama teve a visão e a lucidez de reparar essa relação e trabalhar duramente para chegar aqui", afirmou.
"Essa felicitação alargo-a ao presidente Medved que soube responder ao desafio e soube encaminhar na boa direcção o relacionamento", disse.
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