
A saída de José Manuel Fernandes foi lida como cedência da Sonae ao Governo...
- Errado. Não houve cedência, mas sim uma guerra entre jornalistas, com culpas para as partes. Um director pode sentir-se cansado. Terá sido uma das razões, pois José Manuel Fernandes deixou de lutar para liderar. Ele era acusado - e bem acusado - de não criar climas de consenso no jornal. Deixou-se desautorizar.
- As razões de saída foram então internas e não propriamente políticas?
- Cansaço, se quiser. Provavelmente, concluiu, com o andar do tempo - e ele reconhece - que podia ter feito melhor. Perdeu poder. E quando um director, seja de que empresa for, deixa de mandar com alguma firmeza, cada dia que passa é pior. Ele concluiu que se tinha esgotado o seu tempo. Continua a colaborar, agora na qualidade de comentador. Escreve mais ou menos da mesma maneira, mas já não tem responsabilidade na linha editorial.
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