"Um embaixador não pode ser um agente político, que age de acordo com o seu ponto de vista"
Então faço-lhe uma pergunta muito concreta: como é que tem visto as críticas sistemáticas que lhe são dirigidas, directa e indirectamente, por exemplo, pelo professor Manuel Maria Carrilho?
Não tenho visto. A única coisa de que me recordo é do grande contributo que o professor Manuel Maria Carrilho deu para o socialismo democrático quando se candidatou a Lisboa. Não foi uma grande experiência política para o PS nem para ele.
Mas mesmo assim acabou por ser, anos mais tarde, nomeado por si embaixador da UNESCO...
Sempre achei que ele tinha as qualidades para servir bem o País como embaixador na UNESCO. Tinha as qualidades e as competências para fazer isso.
E depois achou que não tinha as qualidades e as competências para continuar?
É verdade. Porque um embaixador tem de perceber que as suas responsabilidades são fazer aquilo a que o seu país se compromete. Lamento muito que o embaixador não tenha o percebido. Isso é absolutamente fundamental para a imagem internacional de um país. É absolutamente fundamental que se perceba que quando um Estado dá a sua palavra a cumprirá até ao fim.
Está a dizer que houve uma razão concreta para ter cessado as suas funções?
E que, aliás, é conhecida. Na última eleição para o Conselho de Segurança, o prestígio internacional de Portugal foi baseado nisso. Todos os embaixadores dos outros países sabem que Portugal é um membro reliable, de confiança, que quando dá a sua palavra a leva até ao fim. E era o que faltava que um Governo se comprometesse em determinada direcção e que um embaixador não cumprisse essas orientações. Isso é inaceitável na diplomacia portuguesa. Um embaixador não pode ser um agente político que age de acordo com o seu ponto de vista, lamento muito, mas um embaixador não é isso.
Nota pessoal do Ze Aparvalhado: este Carrilho é um sacanoide, um arrogante e um dançarino, ou seja - um meia leca

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