3 de Maio, 2011
O economista Eduardo Catroga afirmou hoje que a negociação do programa de ajuda externa a Portugal «foi essencialmente influenciada» pelo PSD e resultou em medidas melhores e que vão mais fundo do que o chamado PEC IV.
Numa declaração aos jornalistas, em nome do PSD, Eduardo Catroga considerou que a revisão da trajetória do défice foi uma «grande vitória» dos sociais-democratas.
Congratulou-se também com o facto de o programa de ajuda externa a Portugal não afectar as «pensões de sobrevivência e de invalidez de cerca de um milhão de pensionistas com menos de 200 euros mensais» que, disse, eram «atacadas» pelo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) chumbado em Março pela oposição no Parlamento.
Airmou ainda que o PSD terá autonomia, se for Governo, para substituir eventuais «medidas penalizadoras para os portugueses» do programa de ajuda externa a Portugal por outras que cumpram os mesmos objectivos.
Na declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Eduardo Catroga referiu ter defendido este princípio de autonomia junto da troika composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), «independentemente dos objectivos que vierem a ser definidos para o período 2011-2014».
«E houve uma adesão a este princípio de que o PSD, se for Governo, fica com autonomia para propor um novo 'mix' de políticas, se por acaso aparecerem amanhã [quarta-feira] surpresas de medidas penalizadoras para os portugueses», acrescentou o antigo ministro das Finanças.
Lusa/ SOL

Sem comentários:
Enviar um comentário