Queixa no DCIAP contra secretário das Finanças de Jardim
Juiz do Tribunal de Contas da Madeira enviou para DCIAP o relatório da auditoria ao Centro Internacional de Inteligência Conectiva. Segundo o juiz conselheiro João Aveiro Pereira estão em causa "pagamentos indevidos" a uma empresa privada no valor de 1,3 milhões de euros. Acusação é dirigida ao atual secretário regional das Finanças e dois antigos secretários regionais de Alberto João Jardim
O juiz conselheiro da Secção Regional da Madeira do Tribunal de Contas acusa o Ministério Público (MP) de violar "ostensivamente" a "igualdade perante a lei e a justiça", parecendo "muito preocupado com a proteção" dos governantes da Madeira.
"O MP invoca a 'segurança do Direito' e parece muito preocupado com a proteção dos direitos dos 'visados', os fortemente indiciados agentes da infração financeira reintegratória (governante e ex-governantes regionais), mas despreza e viola ostensivamente os supremos princípios do Estado de direito democrático, da igualdade perante a lei e a justiça, do acesso ao direito e à tutela jurisdicional efetiva, prossecução do interesse público ou bem comum e o da defesa dos interesses do Estado pelo MP", lê-se no despacho do juiz conselheiro João Aveiro Pereira, ontem publicado em Diário da República.
O despacho segue-se à decisão do MP de não requerer julgamento do secretário regional do Plano e Finanças, Ventura Garcês, e dos ex-secretários do Plano e Coordenação, Paulo Fontes, e da Educação e Cultura, Francisco Fernandes, no caso do Centro Internacional de Inteligência Conectiva.
Na auditoria ao financiamento a este centro, o Tribunal de Contas (TdC) concluiu que a despesa pública, de 3,9 milhões de euros, foi onerosa para as contas regionais e ineficaz para a criação de uma região piloto no domínio da Sociedade da Informação.
Esta auditoria teve na sua origem a assinatura do acordo de pagamento entre a Madeira e o BCP de 1,9 milhões de euros, acordo que surgiu de uma carta de conforto "sem previsão legal" emitida pela região para "garantir uma operação de crédito" realizada pelo centro junto do banco. Neste âmbito, a região fez pagamentos "indevidos" de 1,3 milhões de euros.
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