
Swap: Ex-diretor do Tesouro diz que informou Maria Luís Albuquerque sobre perdas em 2011
Por Redação
O ex-diretor-geral do Tesouro Pedro Rodrigues Felício afirmou esta terça-feira no Parlamento que falou com Maria Luís Albuquerque sobre os «swaps», quando a atual ministra das Finanças tomou posse como secretária de Estado.
«Recordo-me que no dia da tomada de posse tivemos uma reunião» e que durante essa conversa com Maria Luís Albuquerque, em junho de 2011, «foram levantadas uma série de questões», como as medidas da troika e os swaps, revelou o ex-diretor-geral do Tesouro, na comissão parlamentar de Inquérito à Celebração de Contratos de Gestão de Risco Financeiro por Empresas do Setor Público.
Pedro Rodrigues Felício, que exerceu funções entre 10 de maio de 2010 e 15 de agosto de 2011, disse ter enviado um e-mail a Maria Luís Albuquerque, no dia seguinte à tomada de posse como secretária de Estado do Tesouro e Finanças. «No dia 29 de junho, mandei um e-mail com o ponto de situação sobre o market-to-market [perdas potenciais] dos contratos, com o grosso dos valores relativos a quatro empresas, que na altura eram de 1,4 mil milhões de euros.»
O responsável acrescentou que, a 18 de julho, foi informado por Maria Luís Albuquerque de que não devia haver «mais envolvimento da DGTF na negociação com os bancos e de que não deveria dar mais indicações às empresas», tendo a atual ministra pedido que a DGTF lhe enviasse «informação detalhada» sobre os swap e as perdas potenciais dos contratos. Essa informação foi enviada no dia seguinte, de acordo com Pedro Rodrigues Felício, enquanto o primeiro relatório da direção-geral sobre o Setor Empresarial do Estado e as perdas potenciais dos contratos celebrados pelas empresas públicas foi enviado posteriormente.
«A 26 de julho foi enviada a primeira versão relativa a 2010, que tinha com detalhe os 144 contratos com perdas potenciais que na altura rondavam os 1,5 mil milhões de euros», disse, acrescentando que a 1 de agosto a então secretária de Estado questionou-o sobre a ausência de um swap de determinada empresa, pelo que a DGTF enviou uma nova versão dois dias depois. «Afinal eram 145 operações. Em 3 agosto foi entregue a lista atualizada para 1,6 mil milhões de euros [de perdas potenciais].»
A informação enviada «estava detalhada por contratos, com data de início e de fim, com perdas potenciais e maturidades, por empresas e por bancos». «De facto, se me perguntam se [a informação] tinha os critérios mais tarde definidos como swap especulativos, não, não tinha. Esses critérios foram estabelecidos entre o IGCP (agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) e uma entidade contratada pelo IGCP.»
O ex-diretor-geral do Tesouro Pedro Rodrigues Felício afirmou esta terça-feira no Parlamento que falou com Maria Luís Albuquerque sobre os «swaps», quando a atual ministra das Finanças tomou posse como secretária de Estado.
«Recordo-me que no dia da tomada de posse tivemos uma reunião» e que durante essa conversa com Maria Luís Albuquerque, em junho de 2011, «foram levantadas uma série de questões», como as medidas da troika e os swaps, revelou o ex-diretor-geral do Tesouro, na comissão parlamentar de Inquérito à Celebração de Contratos de Gestão de Risco Financeiro por Empresas do Setor Público.
Pedro Rodrigues Felício, que exerceu funções entre 10 de maio de 2010 e 15 de agosto de 2011, disse ter enviado um e-mail a Maria Luís Albuquerque, no dia seguinte à tomada de posse como secretária de Estado do Tesouro e Finanças. «No dia 29 de junho, mandei um e-mail com o ponto de situação sobre o market-to-market [perdas potenciais] dos contratos, com o grosso dos valores relativos a quatro empresas, que na altura eram de 1,4 mil milhões de euros.»
O responsável acrescentou que, a 18 de julho, foi informado por Maria Luís Albuquerque de que não devia haver «mais envolvimento da DGTF na negociação com os bancos e de que não deveria dar mais indicações às empresas», tendo a atual ministra pedido que a DGTF lhe enviasse «informação detalhada» sobre os swap e as perdas potenciais dos contratos. Essa informação foi enviada no dia seguinte, de acordo com Pedro Rodrigues Felício, enquanto o primeiro relatório da direção-geral sobre o Setor Empresarial do Estado e as perdas potenciais dos contratos celebrados pelas empresas públicas foi enviado posteriormente.
«A 26 de julho foi enviada a primeira versão relativa a 2010, que tinha com detalhe os 144 contratos com perdas potenciais que na altura rondavam os 1,5 mil milhões de euros», disse, acrescentando que a 1 de agosto a então secretária de Estado questionou-o sobre a ausência de um swap de determinada empresa, pelo que a DGTF enviou uma nova versão dois dias depois. «Afinal eram 145 operações. Em 3 agosto foi entregue a lista atualizada para 1,6 mil milhões de euros [de perdas potenciais].»
A informação enviada «estava detalhada por contratos, com data de início e de fim, com perdas potenciais e maturidades, por empresas e por bancos». «De facto, se me perguntam se [a informação] tinha os critérios mais tarde definidos como swap especulativos, não, não tinha. Esses critérios foram estabelecidos entre o IGCP (agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) e uma entidade contratada pelo IGCP.»
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