sexta-feira, maio 16, 2014

Duarte Lima: "Deixei-a a 200 metros do hotel e entrou no carro com uma mulher" Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/duarte-lima-deixei-a-a-200-metros-do-hotel-e-entrou-no-carro-com-uma-mulher


 Duarte Lima, suspeito do homicídio de Rosalina Ribeiro, foi ouvido esta sexta-feira no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no seguimento de uma carta rogatória enviada pela Justiça brasileira.   Confirmou ter recebido cerca de 6 milhões de euros de pagamento de honorários da parte de Rosalina Ribeiro. Duarte Lima garante ter deixado Rosalina perto do hotel. “Deixei-a a 200 metros do hotel junto a um lago e via-a a entrar num carro com outra mulher a seguir a uma pizzaria e voltei para o Rio de Janeiro. Não a voltei a ver”, afirma o ex-deputado. "Não sou culpado da acusação que me é feita. Fui objeto de um linchamento mediático, toda esta situação causou-me um sofrimento muito grande", disse, acrescentando que reconhece "o valor da vida". O ex-deputado lembrou o mandamento "não matarás" e, em resposta à questão da juíza de instrução Cláudia Pina, salientou que considera "abominável" tirar a vida a alguém. "Eu sei o que é estar às portas da morte. Estive por duas vezes às portas da morte", afirmou na sala de audiência.



A Policia Brasileira,  prova a morte do Rosalina, desde que, o Lima chegue ás autoridades Brasileiras - perguntam - "Ou não querem saber como morreu uma cidadã Portuguesa"- dizem os Policiais do outro lado Atlantico

"Rosalina nunca me pediu para devolver os 5 milhões"


O ex-deputado, interrogado durante duas horas no TIC de Lisboa, acusou a polícia brasileira de manipular o processo que envolve o homicídio de Rosalina Ribeiro em 2009.
A juíza Cláudia Pina decidiu não seguir à risca o guião da carta rogatória enviada pelas autoridades do Rio de Janeiro para Portugal. Algumas das 46 perguntas enviadas para Lisboa não foram feitas a Duarte Lima, acusado pelo Brasil de matar a portuguesa Rosalina Ribeiro a 7 de Dezembro de 2009.


Entre as perguntas que ficaram por fazer está uma das questões consideradas mais importantes do processo, a dos tapetes desaparecidos no carro alugado por Duarte Lima nessa noite de Dezembro de 2009.
A magistrada também não perguntou ao advogado pelos registos das chamadas telefónicas que teriam sido feitas pelo ex-líder parlamentar do PSD à sua cliente nos dias que antecederam o encontro dos dois no Rio de Janeiro.
"Os 5 milhões de euros que recebi de Rosalina Ribeiro foram honorários antecipados" disse Duarte Lima numa das salas do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa onde estavam também presentes dois dos seus advogados neste processo. Numa sessão que durou cerca de duas horas e onde também se encontravam na assistência Olímpia Feteira de Menezes e o seu advogado José António Barreiros, Duarte Lima respondeu a quase todas as questões feitas pela juíza.
Na versão do advogado a sua cliente Rosalina Ribeiro entregou-lhe os 5 milhões de euros antecipando futuras diligências feitas por ele. "Ela temia que as suas contas fossem congeladas por Olímipa Feteira (filha do ex-companheiro de Rosalina) e por isso adiantou-me esta quantia como primeira parte dos honorários." e acrescenta: "Rosalina nunca me pediu para devolver os 5 milhões de volta". Recorde-se que o Brasil acusa-o de ter morto a sua cliente por não querer devolver essa quantia.

Lima contesta localização dos radares
Outro dos assuntos mais referidos durante o interrogatório foi o das multas ao carro que era conduzido pelo ex-deputado nessa noite de 7 de Dezembro e no dia anterior.
Duarte Lima contesta os dados que constam na acusação da justiça brasileira em relação ao local onde estariam os radares que detectaram o excesso de velocidade do Ford Focus que conduzia naquela noite. "Não ponho em causa a hora das multas mas eu nunca saí de Maricá em direcção a Saquarema" o advogado quis assim reafirmar que nessa noite esteve sempre bem longe do local onde o corpo de Rosalina Ribeiro seria mais tarde encontrado.
À pergunta se assassinou Rosalina Ribeiro, feita pelo seu advogado, Duarte Lima respondeu taxativamente que não: "Nunca cometeria um crime tão hediondo, fosse qual fosse a quantia que estivesse envolvida. Nunca tive uma arma de fogo e tenho horror a armas." Questionado depois se saberia quem possa ter cometido o crime respondeu não ter qualquer ideia. Disse no entanto ter "suspeições" sobre quem o incriminou. "Fui objecto de um linchamento mediático um ano antes ainda de sair a acusação das autoridades brasileiras". O ex-deputado também acusou a polícia brasileira de manipular o processo.

O encontro com Rosalina
Um outro tema que teve direito a várias perguntas da juíza Cláudia Pina foi o do encontro entre Duarte Lima e Rosalina Ribeiro às 20 horas no Rio de Janeiro. A magistrada quis tirar a limpo qual o local exacto em que os dois se encontraram. Lima repetiu várias vezes que se tratou de "uma reunião curta" que terá tido lugar no "quarteirão seguinte" ao apartamento de Rosalina Ribeiro no Rio. "Noutras ocasiões combinámos várias encontros no hotel onde eu ficava alojado no Rio de Janeiro. Mas não foi a primeira vez que nos encontrámos naquele local" assegura. Duarte Lima não se recorda no entanto do nome do café onde se terá reunido durante 20 minutos com a ex-companheira de Lúcio Tomé Feteira. Mais tarde, ainda segundo a versão de Lima, os dois seguiram de carro até Maricá onde Rosalina se encontrou "perto do Hotel Jangada" com uma mulher que ele acredita chamar-se Gisele. "Não posso garantir no entanto que a senhora não tenha um outro nome parecido."
A juíza também perguntou algumas vezes sobre a razão de essa reunião ter sido combinada à noite, uma vez que era sabido que Rosalina ribeiro não gostava de sair de casa depois das 20 horas.
Duarte Lima limitou-se a responder : "Foi a hora que ela marcou comigo no dia 1 de dezembro." E porque a conversa não poderia ter sido feita por telefone? Voltou a perguntar a magistrada. 
Resposta rápida do ex-deputado: "Queria ter confidencialidade. Rosalina não confiava no telefone para dar certas informações. Às vezes ligava-me até dos Correios."
Lima garantiu ainda que nunca telefonou a Rosalina desde que chegou ao Rio de Janeiro no dia 6 de Dezembro. "Só falaria com ela caso houvesse uma desmarcação do nosso encontro."
No final os advogados de Duarte Lima ainda lhe fizeram algumas perguntas, tendo o ex-deputado aproveitado para fazer um discurso emotivo sobre o "valor da vida."
As respostas de Duarte Lima vão ser agora enviadas para o Tribunal do Rio de Janeiro e só então é que será decidido se o caso avança para julgamento.
Duarte Lima está com Termo de Identidade e Residência, impedido de sair de Portugal no processo da alegada burla ao BPN.  





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