quarta-feira, agosto 06, 2014

O BES e o Rodinhas

"A ver


e é que o BES não é um banco qualquer, é o banco mais importante para as pequenas e medias empresas”

“A justiça tem de funcionar para todos e o mais importante de toda esta situação, com mais ou menos show off, é que a justiça funcionou e ninguém está acima da lei”, disse Luís Marques Mendes no comentário semanal no telejornal da “SIC”.

O militante do PSD comentava assim os últimos acontecimentos no Grupo Espírito Santo, que culminou com a detenção de Ricardo Salgado. Na opinião do comentador, “a crise no grupo não é boa para a economia real”, mas sublinha que o Banco Espírito Santo está fora de perigo. “A boa notícia é em relação ao banco. Com a nova administração, as acções começaram a subir… o que melhorou um pouco. Há sinais de que a situação em Angola será resolvida e há ideia de que em Setembro e Outubro haverá investimento de capital. O banco está sólido.”

“Este é um sinal de confiança para as pessoas. A verdade é que o BES não é um banco qualquer, é o banco mais importante para as pequenas e medias empresas”, continuou.
Marques Mendes referiu ainda que há lições atirar, elogiando o funcionamento da justiça em Portugal. “A supervisão e a regulação funcionaram. Se não tivesse funcionado, o banco estava na mesma situação do grupo.”
A segunda lição a tirar é “a má imagem dos banqueiros em Portugal.” “Ao conjunto dos olhos das pessoas isto é explosivo. Esta imagem dos banqueiros de rastos na rua da amargura é má. Eles têm de ter cuidado com a ganância”, concluiu.

Silva Pereira levanta suspeitas sobre tempo de aprovação da resolução sobre BES

Publicado hoje às 07:05

Este ex-ministro da Presidência lembrou que existem documentos que provam que a intenção de encerrar o BES já estava a ser preparada antes de sexta-feira e perguntou se o Governo terá cumprido o dever de informação relevante ao mercado.
O socialista Pedro Silva Pereira levantou, na quarta-feira, suspeitas sobre o tempo de aprovação da resolução sobre o BES e a influência do Governo no processo.
Na SIC Notícias, o antigo ministro da Presidência recordou que o processo não começou na sexta-feira e lembrou que existem agora documentos que provam que a intenção de encerrar o BES já estava a ser preparada antes deste dia.
Segundo Pedro Silva Pereira, esta solução foi construída e viabilizada jurídicamente na quinta-feira de manhã, o que faz pensar que a ideia já estava ser pensada antes, já que «ninguém consegue aprovar um diploma com vários artigos na quinta-feira».
«Foi naqueles dias em que se esperava a divulgação dos prejuízos do BES que aconteceu na quarta-feira que certamente Governo e Banco de Portugal foram preparando a operação de resolução do BES», explicou.
Pedro Silva Pereira adiantou que esta operação foi feita com uma particularidade, uma vez que os «atos preparatórios aconteceram permanecendo o BES cotado em bolsa» na quinta-feira e sexta-feira, quando o banco perdeu 62 por cento do seu valor.
O agora deputado do PS questionou-se ainda se o Governo terá cumprido o dever de informação relevante ao mercado quando chegaram à conclusão que o BES já não tinha salvação.
«A partir desse momento, eles têm informação relevante para o mercado e, portanto, a destruição de valor que acontece naqueles momentos, o risco de fuga de informação quanto a essa intervenção é imenso», concluiu.





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