domingo, agosto 10, 2014

Qual o papel de Pais Jorge na venda de 'swaps'?

Executivo diz querer esclarecer a "verdade" sobre a participação do secretário de Estado do Tesouro na venda de 'swaps' tóxicos ao Governo de Sócrates.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/qual-o-papel-de-pais-jorge-na-venda-de-swaps=f824764#ixzz39zisDxo8



O Governo promete que, até ao final do dia de hoje, irá esclarecer a presença do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, nas reuniões em que o Citigroup tentou vender ao executivo de José Sócrates, em 2005, swaps que permitiriam esconder o défice público.
No briefing desta terça-feira, o secretário de Estado adjunto Pedro Lomba classificou de "insconsistências problemáticas" as declarações e envolvimento do secretário de Estado nos swaps do Citigroup. 
"Foram detetadas inconsistências que nesta fase merecem análise e cuidado no que concerne ao documento que está a ser apresentado como suporte da (notícia da SIC) da presença do senhor secretário de Estado do Tesouro nas reuniões sobre a venda, a suposta venda de swaps destinados à gestão da dívida pública e do défice", afirmou Pedro Lomba, secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto, no encontro com a imprensa, antes diário agora duas vezes por semana.
"O Governo está a averiguar e a clarificar esta questão. Até ao fim do dia, serão prestados todos os esclarecimentos no que concerne a estas inconsistências problemáticas", acrescentou o secretário de Estado Adjunto.
"O nosso interesse é esclarecer e apurar a verdade", reafirmou Pedro Lomba perante a insistência dos jornalistas em saber se o Governo duvidava da veracidade das declarações de Joaquim Pais Jorge.

Pais Jorge esteve em três reuniões 



Entretanto, a "Visão" divulgou "online" as datas e as questões abordadas nas reuniões em que Pais Jorge e o diretor para os mercados financeiros do Citigroup, Paulo Gray, terão estado em 2005 com assessores do primeiro-ministro, José Sócrates.
As reuniões realizaram-se, segundo a revista, a 1, 21 e 25 de julho. Ontem a SIC noticiou que Pais Jorge tinha estado, enquanto quadro do Citigroup, em pelo menos três reuniões na residência oficial do primeiro-ministro, na época José Sócrates, para tentar vender contratos´swap' que escondessem a dívida pública e disfarçassem o défice.
Pedro Lomba precisou que "as inconsistências" que estão a ser averiguadas "referem-se a esta apresentação, a este documento e à inferências que tem sido feitas entre esta apresentação e conclusão seguinte. Isto é que é o essencial para ajuizarmos da posição do secretário de Estado sobre esta matéria".  
Ao Expresso, na sexta-feira passada, Pais Jorge tinha afirmado que nunca tinha estado em reuniões com o primeiro-ministro ou secretários de Estado para a venda de produtos swap e que não se recordava de ter estado no encontro com o IGCP, em 2005, onde o Citigroup terá tentado vender swaps que permitiriam baixar artificialmente a dívida pública portuguesa. 

"Eu não participava..."



Os swaps, nomeadamente os que eram vendidos a grandes investidores e instituições responsáveis pela gestão da dívida pública como o IGCP, eram desenhados pelas equipas do Citi em Londres e propostas diretamente aos clientes, explicou ao Expresso Pais Jorge, na defesa da tese de que o seu papel no banco era de um "facilitador" ou "intermediário".  
"Eu não participava na elaboração e na conceção destes produtos. E no caso de haver fecho do contrato nunca seria eu a negociá-lo", sublinha. "A minha responsabilidade nos produtos derivativos era mínima. E neste caso em concreto provavelmente nula. Não lhe consigo afiançar se estive ou não naquela reunião, eu participava em centenas de reuniões"  
Pedro Lomba esclareceu também no briefing que o Governo tinha conhecimento que Pais Jorge fora nomeado por despacho do antigo secretário de Estado, Paulo Campos, para gerir o dossiê da renegociação das parcerias público-privadas (PPP).
O Governo promete que, até ao final do dia de hoje, irá esclarecer a presença do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, nas reuniões em que o Citigroup tentou vender ao executivo de José Sócrates, em 2005, swaps que permitiriam esconder o défice público.
No briefing desta terça-feira, o secretário de Estado adjunto Pedro Lomba classificou de "insconsistências problemáticas" as declarações e envolvimento do secretário de Estado nos swaps do Citigroup. 
"Foram detetadas inconsistências que nesta fase merecem análise e cuidado no que concerne ao documento que está a ser apresentado como suporte da (notícia da SIC) da presença do senhor secretário de Estado do Tesouro nas reuniões sobre a venda, a suposta venda de swaps destinados à gestão da dívida pública e do défice", afirmou Pedro Lomba, secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto, no encontro com a imprensa, antes diário agora duas vezes por semana.
"O Governo está a averiguar e a clarificar esta questão. Até ao fim do dia, serão prestados todos os esclarecimentos no que concerne a estas inconsistências problemáticas", acrescentou o secretário de Estado Adjunto.
"O nosso interesse é esclarecer e apurar a verdade", reafirmou Pedro Lomba perante a insistência dos jornalistas em saber se o Governo duvidava da veracidade das declarações de Joaquim Pais Jorge.

Pais Jorge esteve em três reuniões 


Entretanto, a "Visão" divulgou "online" as datas e as questões abordadas nas reuniões em que Pais Jorge e o diretor para os mercados financeiros do Citigroup, Paulo Gray, terão estado em 2005 com assessores do primeiro-ministro, José Sócrates.
As reuniões realizaram-se, segundo a revista, a 1, 21 e 25 de julho. Ontem a SIC noticiou que Pais Jorge tinha estado, enquanto quadro do Citigroup, em pelo menos três reuniões na residência oficial do primeiro-ministro, na época José Sócrates, para tentar vender contratos´swap' que escondessem a dívida pública e disfarçassem o défice.
Pedro Lomba precisou que "as inconsistências" que estão a ser averiguadas "referem-se a esta apresentação, a este documento e à inferências que tem sido feitas entre esta apresentação e conclusão seguinte. Isto é que é o essencial para ajuizarmos da posição do secretário de Estado sobre esta matéria".  
Ao Expresso, na sexta-feira passada, Pais Jorge tinha afirmado que nunca tinha estado em reuniões com o primeiro-ministro ou secretários de Estado para a venda de produtos swap e que não se recordava de ter estado no encontro com o IGCP, em 2005, onde o Citigroup terá tentado vender swaps que permitiriam baixar artificialmente a dívida pública portuguesa. 

"Eu não participava..."


Os swaps, nomeadamente os que eram vendidos a grandes investidores e instituições responsáveis pela gestão da dívida pública como o IGCP, eram desenhados pelas equipas do Citi em Londres e propostas diretamente aos clientes, explicou ao Expresso Pais Jorge, na defesa da tese de que o seu papel no banco era de um "facilitador" ou "intermediário".  
"Eu não participava na elaboração e na conceção destes produtos. E no caso de haver fecho do contrato nunca seria eu a negociá-lo", sublinha. "A minha responsabilidade nos produtos derivativos era mínima. E neste caso em concreto provavelmente nula. Não lhe consigo afiançar se estive ou não naquela reunião, eu participava em centenas de reuniões"  
Pedro Lomba esclareceu também no briefing que o Governo tinha conhecimento que Pais Jorge fora nomeado por despacho do antigo secretário de Estado, Paulo Campos, para gerir o dossiê da renegociação das parcerias público-privadas (PPP).


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