domingo, novembro 02, 2014

Lisboa está viva


por NUNO SARAIVAHoje7 comentários
Peço emprestadas as palavras de Sophia. "Aqui e além em Lisboa, quando vamos com pressa ou distraídos pelas ruas", escapa-nos a vida que nela existe. Ontem, a Baixa-Chiado era uma paleta infindável de cores e línguas. Gente bonita e de todas as cores, alegre, viva, rua abaixo e rua acima a espreitar lojas e armazéns, a ouvir o pregão dos homens das castanhas ou as notas do violoncelo ou da viola de caixa dos artistas que espalham cultura do Rossio até ao Camões.
Lisboa está bonita, cheia de gente, de dentro e de fora. Gente carregada de sacos de compras, que enche as esplanadas e tira fotografias com o Pessoa na Brasileira. Lisboa fervilha com o negócio. A economia da cidade mexe. Ainda bem. Nestes tempos de cólera e carestia financeira, é bom ter uma parte da cidade assim, oásis num país deprimido, a contrariar o fado da crise. Lisboa tem oferta, tem história, tem cultura, tem charme e é sedutora. Não há de ser por acaso que quem nos visita prefere trepar às colinas em vez de mergulhar nas águas tépidas do Algarve.
Ao lado dos cartapácios a anunciar promoções, começam a aparecer papéis a pedir funcionária para o balcão, ajudante de cozinha, empregado de mesa ou "técnico de calçado", que é como quem diz vendedor de sapatos. Lisboa está na moda, e isso é bom porque contribui para criar emprego e animar uma economia anémica.
Mas Lisboa também é, ainda, lixo no chão, trânsito caótico, obras que atrapalham e dificultam a vida. Mesmo assim, a "menina e moça" de Ary dos Santos e Carlos do Carmo atrai tanta gente. Mas ou cuidamos de Lisboa ou arriscamo-nos a que o "ponto luz" que borda a cidade se vá apagando. De pouco serve ter turistas topo de gama, enamorados por um dos melhores destinos do mundo, se estes pontos negros não forem maquilhados. O risco é voltarmos a um tempo em que a Lisboa quase só chegava gente de mochila às costas.

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Na 6ª feira fui à Luz vêr o meu clube e nada justifica levar o carro -  por isso andei de Eléctrico e andei de Metro - saí em  Santa Catarina para rever o Miradouro - uma maravilha com centenas de turistas ao sol

Depois,desci á  Rua do Carmo, como tempo era mais que suficiente visitei várias lojas a grande maioria eram estranjeiros - prometi ir mais tarde - fixei  numa camisa que gostei.

Lisboa,  fez-me lembrar Londres quando a  libra estava e 60 escudos em que uma  camisola de lã escocesa  custava-me 6/7 libras,merecia pena? era de comprar 3 ou 4 pelo preço de duas.

Lisboa parece Londres, não temos o  Harrods, é certo, também não temos monarquia


 - Lisboa está numa Senhora Capital o que muito me orgulha - Lisboa é Linda -

O Nuno Saraiva faz um retrato muito similar ao meu, para melhor.

Não falamos de cheias, desde miúdo que ouço falar de cheias - não é preciso ir para o Palacete de Pina Manique para fugir das cheias, valha-me Deus.

Quanto à mochila - eu levei a minha mochila para me sentar no Red Pass, um lugar de 5 estrelas - há  pois é - a "estanjeirada"  é que nos educa.

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