Aos 17 anos, Kwame Ajamu foi condenado por ter participado num assassinato juntamente com o seu irmão e um amigo, em Cleveland, EUA. Agora, depois de 27 anos passados na prisão, foi considerado inocente e… libertado. Tem hoje 57 anos.
Ajamu foi acusado devido a uma testemunha, que, soube-se agora, mentiu. Os três envolvidos foram “vítimas de uma terrível injustiça”, reconhece Tim McGinty, advogado do condenado.
Em 1975, duas pessoas atacaram Harold Franks com ácido, uma disparou um tiro e uma terceira pessoa estava no carro à espera do momento da fuga.
O caso sofreu uma reviravolta quando a principal testemunha, Eddie Vernon, de 12 anos na altura do crime, reviu o seu depoimento, afirmando ter sido coagido pela polícia de Cleveland a dizer os nomes. Ajamu não lhe guarda rancor e espera o dia em que possam conversar sobre o longo processo.
Os três foram condenados na altura ao corredor da morte. Mais tarde, as sentenças foram trocadas por penas de prisão perpétua.
O seu irmão, Wiley Bridgeman e o amigo de ambos, Ricky Jackson, foram libertados no dia 21 de Novembro de 2014. Ajamu está em liberdade condicional desde 2003.
“Estou tão feliz hoje por esta batalha ter chegado ao fim”, disse, citado pela Reuters, o agora livre Ajamu. Que chorou convulsivamente quando ouviu a sentença do juiz, conta o Washington Post.
Ajamu, Bridgeman e Jackson vão pedir uma compensação de 4 milhões de dólares, um pedido que, segundo os advogados de Cuyahoga County, será aceite.
Após ser libertado, Kwame Ajamu casou-se com a mulher a quem chama “o seu maior apoio”. Foram necessários quase 40 anos para que se provasse a sua inocência, mas por fim, poderá reconstruir, dentro do possível, a sua vida
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