Quis sair uma e outra vez. O primeiro-ministro conseguiu segurá--lo mas só até ao momento em que Macedo viu cair, um atrás do outro, amigos próximos e sócios de negócios de longa data
Até ao final, foram as garantias pessoais de que nada tinha a ver com o processo dos vistos gold que levaram Passos Coelho a segurar no governo o seu ministro da Administração Interna. Apesar da proximidade com alguns dos principais visados na Operação Labirinto, Miguel Macedo sempre assegurou que não era “pessoalmente responsável” pelo esquema.
O caso dos vistos gold tocou de muito perto – demasiado perto – o então ministro da Administração Interna, logo de início. O responsável viu serem apanhados na malha da investigação amigos próximos – como AntónioFigueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado –, mas também pessoas com quem Macedo se relacionava há largos anos e com as quais mantivera relações profissionais – Albertina Gonçalves, sócia do ex-ministro num escritório de advogados e ex-secretária-geral do Ministério do Ambiente, e Ana Luísa Figueiredo, filha de António Figueiredo e antiga sócia do social-democrata numa empresa de assessoria de negócios.
Ainda assim, quando deixou o governo, em Novembro do ano passado, Miguel Macedo reafirmou publicamente não ter tido “qualquer intervenção administrativa no processo de atribuição de vistos”.
Na altura em que abandonou o cargo, disse que o fazia por ter a sua “autoridade diminuída”, algo que não se coadunava com as funções que exercia. “O ministro da Administração Interna tem de ter sempre uma forte autoridade para o exercício pleno das suas responsabilidades. Essa autoridade ficou diminuída, pelo que tomei a decisão de apresentar ao primeiro-ministro a minha demissão, que foi hoje aceite”, explicou Macedo.
Depois de rebentar a polémica, precisou de três dias para deixar o governo – durante esse tempo, assistiu à queda dos amigos e sócios envolvidos na rede de corrupção. Precisou desse tempo para “fazer a reponderação que generosamente foi pedida”, justificou nesse momento, numa menção a um novo pedido do primeiro-ministro para que reconsiderasse a sua decisão. Os pedidos do primeiro-ministro não foram suficientes e Macedo demitiu-se “em defesa do governo e da autoridade do Estado”.
O caso dos vistos gold tocou de muito perto – demasiado perto – o então ministro da Administração Interna, logo de início. O responsável viu serem apanhados na malha da investigação amigos próximos – como AntónioFigueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado –, mas também pessoas com quem Macedo se relacionava há largos anos e com as quais mantivera relações profissionais – Albertina Gonçalves, sócia do ex-ministro num escritório de advogados e ex-secretária-geral do Ministério do Ambiente, e Ana Luísa Figueiredo, filha de António Figueiredo e antiga sócia do social-democrata numa empresa de assessoria de negócios.
Ainda assim, quando deixou o governo, em Novembro do ano passado, Miguel Macedo reafirmou publicamente não ter tido “qualquer intervenção administrativa no processo de atribuição de vistos”.
Na altura em que abandonou o cargo, disse que o fazia por ter a sua “autoridade diminuída”, algo que não se coadunava com as funções que exercia. “O ministro da Administração Interna tem de ter sempre uma forte autoridade para o exercício pleno das suas responsabilidades. Essa autoridade ficou diminuída, pelo que tomei a decisão de apresentar ao primeiro-ministro a minha demissão, que foi hoje aceite”, explicou Macedo.
Depois de rebentar a polémica, precisou de três dias para deixar o governo – durante esse tempo, assistiu à queda dos amigos e sócios envolvidos na rede de corrupção. Precisou desse tempo para “fazer a reponderação que generosamente foi pedida”, justificou nesse momento, numa menção a um novo pedido do primeiro-ministro para que reconsiderasse a sua decisão. Os pedidos do primeiro-ministro não foram suficientes e Macedo demitiu-se “em defesa do governo e da autoridade do Estado”.
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