domingo, abril 05, 2015

MP rejeita detenções ilegais e diz que houve "colaboração"

Depois de a advogada de Carlos Santos Silva e Gonçalo Ferreira ter colocado em causa as detenções, procurador deu a sua versão dos factos, mas ficam muitas dúvidas.

Carlos Santos Silva e o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, arguidos na "Operação Marquês", foram detidos às 18.30 do dia 20 de novembro do ano passado no aeroporto de Lisboa e impedidos de comunicar com um advogado até à madrugada do dia seguinte? Não, garante o procurador responsável pela operação, ambos os arguidos foram "convidados" a acompanhar a polícia e colaboraram com os investigadores. Porém, fica uma dúvida: por que razão é que só quando foram detidos é que telefonaram à advogada, que os representa?
Depois do artigo de Paula Lourenço no Boletim da Ordem dos Advogados, "Je ne suis pas Charlie. Je suis avocat!", denunciando um conjunto de ilegalidades alegadamente cometidas pelos investigadores, o procurador Rosário Teixeira acabou por responder no processo aquando dos recursos dos arguidos. Paula Lourenço, recorde-se, revelou, em registo de "suponhamos", que "os autos de busca, nomeadamente ao escritório do advogado, mas não só, são falsos. Que, em vez de os mesmos atestarem com verdade onde e quando foram apreendidos os documentos, telefones, dinheiro e computadores, referem falsamente que foram apreendidos, apenas e só, no sítio onde as buscas estavam autorizadas".

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