Já foi a segunda figura da nação, entrou pela primeira vez no Parlamento como deputado ainda no Estado Novo há 46 anos, mas será agora afastado - contra a sua vontade - das listas do PSD.
O PSD e o CDS aprovaram, a meio da semana, nos órgãos nacionais, coligarem-se para as legislativas. Foi a opção certa?
Preferia que os partidos concorressem separados, mas que tivessem um compromisso para a constituição de um governo maioritário. Irem separados iria facilitar a gestão da preparação das listas e para garantir condições de governabilidade para o país após as eleições. Porque a acreditar nos estudos de opinião vai ser muito difícil obter uma maioria absoluta. E, nessas circunstâncias, os partidos políticos têm de assumir as suas responsabilidades de garantir um governo.
Há nas estruturas do PSD quem ache que o acordo favorece o CDS. Partilha da ideia?
O CDS sai beneficiado deste acordo porque inclui expressamente que as listas serão formadas com base nas eleições anteriores, onde o CDS teve muito bons resultados. Os estudos de opinião fiáveis indicam que a situação agora não é exatamente a mesma, mas digamos que é o preço que se paga pela coligação.
Tem sido das vozes mais dissonantes no partido. Que balanço faz da atuação do primeiro-ministro?
Passos Coelho revelou-se no exercício do seu mandato e até ultrapassou as minhas expectativas.
Desde logo conseguiu garantir o cumprimento da legislatura, mandar a troika embora, restabelecer a estabilidade das finanças públicas e veio a beneficiar até dos primeiros sinais de recuperação, embora em patamares extremamente penosos, como seja o desemprego ou o crescimento anémico. Hoje já não é dado como certo, como há uns meses, que os dois partidos vão ser varridos no dia das eleições.
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