quarta-feira, junho 10, 2015

O pastel que delicia turistas e irrita os lisboetas  (os Portugueses), melhor dizendo -


 à anos que como o pastelinho e um café - não tenho sitio certo 



A Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau abriu há um mês e clama vender mil pastéis ao dia. Mas queixas e protestos levaram Câmara de Lisboa a agir - contra parecer do governo.
O enorme letreiro dourado velho diz "1904" mas a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau só ali está, na esquina da Rua Augusta com a de São Nicolau, desde 4 de maio. Com os seus toldos em dourado rendilhado, mais os brasões em poliuretano a imitar bronze "antigo", o segurança espadaúdo à porta, vigiando o corrupio de turistas que entre a loja e a esplanada equilibram os enormes pastéis em pires de cartão e o som de vozes fadistas que das 10.00 às 20.00 ecoam cá fora, grita tanto por atenção que, ao lado, uma das mais antigas e belas lojas da Baixa, a cafeeira Pereira da Conceição, de 1930, parece ter desaparecido, ofuscada por tanto elemento dissonante. Aos quais se juntavam, até à última sexta-feira de maio, quando foram retirados, por intimação da câmara e em resultado de queixas e do burburinho nas redes sociais, enormes placards, tapando as janelas de sacada do primeiro andar, com a imagem de um pastel a escorrer queijo - o ex-líbris do estabelecimento, que apregoa a originalidade de um "pastel de bacalhau com queijo da serra".
Estavam, esclarece a autarquia, em infração do Plano de Salvaguarda da Baixa Pombalina. Como estão também os letreiros - "A utilização de elementos publicitários em fachadas dos edifícios acima do piso térreo depende do uso. Com o atual uso está em situação irregular. A CML já notificou o proprietário" - e os toldos: "Só são admitidos toldos de modelo direito, rebatíveis ou de enrolar, sem abas laterais e em lona ou tela não plástica, não sendo permitido o uso de materiais brilhantes ou refletores. O proprietário terá de alterar os elementos. Deverá ser dado tempo para a adaptação."

Engraçado -  um dia entrei para comer um pastel de bacalhau e um café - na Chinesa da Rua do Ouro

 -casa estava cheia e ao meu lado . estava um  jovem casal - com ar curioso riam-se - chamei o empregado, com o meu consentimento mandei pôr 2 pasteis de bacalhau e  ofereci ao jovem casal - é claro, a Chinesa da Rua do Ouro conquistou um novo cliente.

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