terça-feira, julho 07, 2015

Defesa de José Sócrates tentou, esta segunda-feira, desmontar a tese do Ministério Público sobre o empreendimento Vale do Lobo.
O social-democrata Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, saiu, esta segunda-feira, em defesa do antigo primeiro-ministro José Sócrates, ao destacar a "enorme transparência" do processo de elaboração do Plano de Ordenamento do Território para o Algarve, aprovado em maio de 2007 e que terá permitido a construção do empreendimento turístico Vale do Lobo, em Loulé, investigado pelo Ministério Público no caso Marquês.
Para o autarca de Vila Real, eleito em 2005, planos semelhantes desenvolvidos nos Governos de Cavaco e Barroso pecaram pela "demora" e "medidas de exceção", que não se encontraram no Protal desenvolvido no primeiro Executivo de Sócrates (2005-2009) - que, aliás, começou a ser criado em 2002.
Assim, como em relação ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) do Algarve, onde "nunca houve tanta transparência de documentos", destacou o dirigente do PSD, esta segunda-feira à noite, no Hotel Altis, em Lisboa, numa conferência organizada pela defesa do ex-primeiro-ministro, com o objetivo de desmontar aquela que é a primeira imputação conhecida a Sócrates por parte da investigação liderada pelo procurador Rosário Teixeira.
Segundo Luís Gomes, enquanto que no tempo do secretário de Estado de Cavaco Silva, Nunes Liberato, em 1991, hoje chefe da Casa Civil da Presidência, se "criaram medidas de exceção" no primeiro Protal; no tempo de Sócrates houve controlo: "o POOC, por exemplo" tirou uma talhada de lotes a Vale do Lobo".
Tais comparações levaram o advogado João Araújo a ironizar que, quanto à organização do território, "a última vez que" viu alguém "beneficiar foi no Governo de Cavaco Silva", frisando que outras conferências se seguirão, de forma a demonstrar a fragilidade da investigação.
Além de autarca do PSD, também o ex-ministro do Ambiente Nunes Correia e o advogado Miguel Prata Roque saíram em defesa de Sócrates.

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