Ex-primeiro-ministro no sábado em Vila Real a convite de autarcas do PS
O presidente da Câmara de Vila Real diz que cabe a José Sócrates escolher o tema da sua intervenção
O
ex-primeiro-ministro José Sócrates discursa no sábado numa sessão
pública, no Teatro Municipal de Vila Real, promovida por autarcas e
dirigentes socialistas transmontanos, durante a qual se espera que fale
sobre o seu futuro político.
Em
declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui
Santos, disse que cabe a José Sócrates escolher o tema da sua
intervenção.
"Esperamos, naturalmente,
que nos fale sobre a sua experiência no último ano, do atual momento
político, mas também sobre o seu futuro político. José Sócrates é um
homem carismático, uma força da natureza e ele próprio já afirmou que
mantém intactos todos os seus direitos políticos", justificou Rui
Santos.
O presidente da Câmara de Vila
Real referiu também que o convite ao ex-primeiro-ministro partiu "de um
conjunto de autarcas e de dirigentes socialistas" da região.
"Vai
ser com muito gosto que o recebemos em Vila Real. Enquanto
primeiro-ministro entre 2005 e 2011, reconhecemos o excelente trabalho
que fez por Trás-os-Montes, quer em investimento material, quer em
investimento imaterial", disse.
A
sessão de Vila Real será a segunda de José Sócrates desde que deixou de
estar sujeito a prisão domiciliária no âmbito da Operação Marquês.
Na
primeira sessão, no dia 24 de outubro, em Vila Velha de Rodão, distrito
de Castelo Branco, o ex-primeiro-ministro demarcou-se da tese defendida
oficialmente pelo PS que separa política e justiça.
"Basicamente,
parece-me muito pobre, parece-me desesperadamente pobre o argumento
segundo o qual à justiça o que é da justiça e à política o que é da
política", considerou José Sócrates.
Para
o ex-líder socialista, "embora a independência da justiça seja
absolutamente vital, tal não significa que não se possa discutir as
leis, os meios para atuar, os meios de prosseguir essa justiça".
José
Sócrates foi libertado no dia 16 de outubro, embora fique proibido de
se ausentar de Portugal e de contactar com outros arguidos do processo
da "Operação Marquês".
O
ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto
de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada,
branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.
Sócrates
esteve preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora mais
de nove meses, tendo esta medida de coação sido alterada para prisão
domiciliária, com vigilância policial, a 04 de setembro.
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