Mendes diz que OE é uma manta de retalhos
Marques Mendes, líder do PSD
Marques Mendes disse este domingo que o Orçamento de Estado para 2016 tem falta de estratégia de crescimento e de emprego e comporta um "grande aumento" de impostos.
O comentador político afirmou na SIC que à austeridade da direita segue-se a austeridade da esquerda no OE2016. Na sua opinião, além do "grande aumento de impostos", o Governo PS deixou cair a estratégia de crescimento económico assente no consumo. E também não tem medidas de estímulo ao investimento. Ao invés, disse, as empresas são mais penalizadas com impostos, já que o aumento dos combustíveis afeta a competitividade.
De positivo no OE encontrou a redução do défice para 2,2%, uma meta mais realista do crescimento do PIB (1,8% contra 2,1%) e a reposição de rendimentos.
Entre o positivo e o negativo, Mendes ironizou ao dizer que o PSD e CDS deviam votar a favor do OE pela redução do défice; e o PCP e o BE pela reposição de salários. Só o PS, frisou, é que devia votar contra tudo, já que não tem nenhuma das suas promessas eleitorais, nomeadamente a redução da Taxa Social Ùnica (TSU) e o gradualismo na reposição dos rendimentos.
O antigo líder do PSD considerou que o Governo andou mal porque teve de ceder a Bruxelas e ao criar a ideia de que a austeridade acabava. Mas a crítica estendeu-se à oposição, porque o "PSD fez uma oposição de guerrilha" e deu a sensação que queria que Portugal perdesse as negociações em Bruxelas.
Marques Mendes disse que o momento mais difícil para o Governo de António Costa vai ser em abril, altura em que tem de apresentar o Programa de Estabilidade e Crescimento em Bruxelas. Será nesta altura, das projeções económicas até 2020, que se irá perceber, considerou, o grande confronto entre os projetos do PS e os do PCP e BE.
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