A PGR enviou os elementos sobre a divulgação áudio do interrogatório de José Sócrates para o DCIAP
A Procuradoria-Geral da República anunciou hoje que recolheu elementos sobre a divulgação áudio de excertos do interrogatório do ex-primeiro-ministro José Sócrates, no processo Operação Marquês, e enviou-os ao Departamento de Investigação e Ação Penal, para investigação.
"A Procuradoria-Geral da República [PGR] procedeu à recolha de elementos relacionados com essa situação e decidiu enviá-los ao DIAP de Lisboa, para efeitos de investigação", respondeu à agência Lusa o gabinete de imprensa da Procuradoria, a propósito da violação do segredo de justiça relacionada com a divulgação áudio de excertos do interrogatório a José Sócrates e de escutas efetuadas no decurso da Operação Marquês.
A transcrição e a difusão dos registos áudio do interrogatório de Sócrates e das escutas realizadas na Operação Marquês foi feito pelo jornal Correio da Manhã e pela CMTV, depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter anulado uma providência cautelar, na semana passada, que impedia aquele grupo de divulgar notícias sobre o processo em que o antigo líder do PS está indiciado da prática dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito
rca mil e novecentas pastas de documentos em suporte de papel e mais de cinco milhões de ficheiros informáticos. Há quase duzentos apensos bancários, anexos ao inquérito, a que correspondem mais de cento e trinta mil registos bancários. A documentação recolhida tem vindo a ser objeto de a escolher a Inspeção Tributária para colaborar na investigação, deixando de fora a Polícia Judiciária, o magistrado justificou que "os factos sob investigação apresentam uma relevante dimensão fiscal, por suspeita de fraude fiscal qualificada e aproveitamento abusivo do RERT", o Regime e comunicações por operações suspeitas em sede de prevenção do branqueamento, entendeu-se que o Orgão de Polícia Criminal melhor colocado para desenvolver a informação era a Inspeção Tributária, até pela experiência anterior, em sede de movimentos de idêntica natureza no âmbito os quais José Sócrates, que esteve preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora mais de nove meses, tendo esta medida de coação sido alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 04 de setembro de 2015.
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