Ex-presidente do CDS diz que suspensão dos feriados foi mantida sem justificação credível
O ex-presidente do CDS-PP José Ribeiro e Castro fez hoje um discurso duro contra o anterior Governo, acusando-o de ter mentido e tentado eliminar a celebração de quatro feriados nacionais, entre os quais o 1.º de Dezembro.
"Está conseguido, restaurou-se a celebração da restauração da independência" no 1.º de Dezembro de 1640, declarou Ribeiro e Castro, numa intervenção em que elogiou o atual primeiro-ministro, António Costa, durante a cerimónia de referenda da lei que restabelece os quatro feriados suspensos em 2012, dois civis (o 5 de Outubro e 1.º de Dezembro) e dois religiosos (Corpo de Deus e Dia de Todos os Santos).
Perante a presença do duque de Bragança, Duarte Pio, Ribeiro e Castro, coordenador do Movimento do 1.º de Dezembro de 1640, criticou as bancadas do PSD e do CDS-PP, considerou que a suspensão dos feriados permaneceu até agora sem justificação credível por parte das forças da anterior maioria e equiparou a medida tomada pelo executivo de Pedro Passos Coelho "ao dia de trabalho nacional" imposto pelo antigo primeiro-ministro Vasco Gonçalves, em 1975, durante o PREC (Processo Revolucionário em Curso).
"Pretendeu-se pintar a decisão como sendo apenas uma suspensão, mas foi uma tentativa de eliminação dos quatro feriados nacionais. A história da suspensão é mentira e é lamentável que se insista nela", declarou o ex-deputado do CDS-PP, dizendo mesmo que a versão inicial do diploma do anterior executivo, de 2012, "foi ao ponto de violar o acordo do Estado Português com a Santa Sé".
"O que a lei estabeleceu foi o apagamento puro e simples daqueles quatro feriados, incluindo o mais alto de todos os feriados nacionais, o 1.º de Dezembro. Nunca nos disseram porquê e para quê. Foi legislar à paulada, com algumas vozes a procurarem empurrar a responsabilidade para a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), que aqui não meteu prego nem estopa", advogou o ex-líder democrata-cristão.
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