quarta-feira, maio 25, 2016

Centeno responde a Dijsselbloem. "O país nunca saiu do caminho certo"

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Presidente do Eurogrupo tinha alertado que a única forma de evitar sanções seria aplicar o caminho certo no Orçamento de Estado
O ministro das Finanças desvaloriza o alerta do presidente do Eurogrupo sobre a possibilidade de Portugal ser sancionado se não "regressar ao caminho certo". Mário Centeno diz que o Governo "sabe o que tem de fazer" dentro do país que "nunca saiu do caminho certo".
"O país nunca saiu do caminho certo. O Governo sabe exatamente o que tem que fazer para manter o país numa trajetória de consolidação das suas contas públicas, trazendo o crescimento que, no final do ano passado, parou", afirmou Mário Centeno.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, tinha alertado ontem que as sanções a Portugal e a Espanha são "absolutamente uma possibilidade". À entrada para a reunião dos ministros das Finanças, em Bruxelas, Dijsselbloem considerou ainda que a forma de evitar que as sanções sejam aplicadas seria o governo assegurar o "caminho certo" no orçamento.
"O que o presidente do Eurogrupo fez foi simplesmente referir que há um conjunto de procedimentos europeus que é necessário analisar [e] cumprir. Sabemos exatamente do que é que isso se trata", considerou Centeno, quando questionado sobre o alerta do presidente do Eurogrupo. "Neste momento, o que é necessário é ter confiança na execução orçamental [e] na capacidade que o país tem que ter de mostrar que consegue continuar nesse rumo e crescer", acrescentou o governante.
"Os números do primeiro trimestre mostram que é necessário fazer mais. É nesse trajeto que o governo se propõe manter e executar o seu Orçamento do Estado", disse em reação ao alerta sobre possíveis sanções ao país. "As sanções são absolutamente uma possibilidade, porque estão nas nossas regras e nos regulamentos. E, quando olhamos para as situações de Portugal e de Espanha, há uma razão séria para pensar em sanções", tinha alertado o presidente do Eurogrupo, considerando que há apenas uma via para o governo evitar sanções. "Assegurando-se que o orçamento está no caminho certo... ou volta ao caminho certo. É um trabalho árduo, é o que posso dizer, de acordo com a experiência", alertou.
O tema não estava na agenda formal da reunião do Eurogrupo, mas Dijsselbloem admitia a possibilidade das recomendações especificas aos Estados-membros ser um dos temas a tratar.
"Talvez tenhamos alguma informação sobre isso. Mas voltaremos a uma decisão formal só no próximo mês no Ecofin, quando falamos das recomendações específicas aos Estados-Membros", disse o holandês. Porém, o ministro garantiu que o assunto "não foi abordado".
*Em Bruxelas

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