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O primeiro-ministro defendeu nesta terça-feira que sancionar Portugal por desrespeitar as metas orçamentais é “ridículo” num momento em que há tanto para resolver na Europa.
“Perante decisões com o dramatismo da saída do Reino Unido, com a crise dos refugiados, com a ameaça terrorista, com as ameaças externas que afectam a Europa, é absolutamente ridículo estarmos a discutir 0,2% da execução orçamental do anterior Governo,” disse António Costa à entrada para uma cimeira Europeia.
Costa adiantou ainda que sancionar Portugal seria ainda mais grave “num ano em que pela primeira vez mesmo nas piores previsões da Comissão Europeia é garantido que (Portugal cumpra) um défice abaixo dos 3%.”
Seria ainda um “péssimo sinal porque significaria que a Comissão Europeia não percebia o que se está a passar hoje na Europa,” adiantou Costa, referindo-se ao crescente apoio aos movimentos populistas. E acrescentou: "Infelizmente, a Comissão Europeia já me desiludiu suficientes vezes para eu poder ter a certeza de que não me desilude novamente".
O primeiro-ministro recomendou ainda ao Colégio de Comissários que "ouça a voz" do seu presidente, Jean-Claude Juncker.
A decisão da Comissão Europeia sobre as sanções a Portugal deverá ser tomada na próxima semana. Com Lusa
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