quinta-feira, julho 28, 2016

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital

O ex-primeiro-ministro acusou hoje o diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de “arrogância” e adiantou que a sua carreira política ainda não chegou ao fim.
As declarações de José Sócrates surgem poucas horas depois de Amadeu Guerra afirmar em declarações à SIC Notícias que o despacho de acusação da “Operação Marquês” poderá não ser apresentado no dia 15 de setembro, como decidido há alguns meses.
“Ele [diretor do DCIAP] não tem o direito de, com aquela arrogância, vir dizer à televisão logo se vê, logo se verá”, afirmou o ex-primeiro-ministro, durante uma conferência de imprensa, esta manhã, acrescentando que os prazos são uma “garantia fundamental”.
Para o socialista, trata-se de um “processo infame” e com motivações políticas, onde a direita teve como objetivo não só impedir a sua candidatura à Presidência da República como prejudicar o PS.
“Tudo isto não podia ter acontecido sem motivações políticas. A primeira foi impedir-me de ser candidato a Presidente da República e também para me impedirem de ter uma voz pública, eu tinha um programa de comentário politico na televisão. Por outro lado, e por consequência, também prejudicar o Partido Socialista. [...] É a terceira vez que acontece comigo e a direita política fez todo o possível, ao longo destes anos, para me combater pessoalmente”, disse.
José Sócrates chegou mesmo a comparar-se a Hillary Clinton, uma vez que muitos norte-americanos também pediram a prisão da candidata democrata às eleições presidenciais por esta ter utilizado o seu e-mail pessoal para tratar de assunto de Estado.
“A direita política, um pouco por todo o mundo, acha que agora a forma de atacar os adversários é exigir a sua prisão”, considerou.
O ex-líder do PS realçou ainda que só ele decidirá quando pôr um ponto final à sua carreira política.
“A minha vida política terminará quando eu quiser. Se alguém pensa que vou pôr um fim à minha carreira política com este processo, que é basicamente o que me parece evidente, enganam-se”.


"MIGUEL RELVAS, O EFISA E A SELVA"

 

Muitas vezes aqui critiquei João Miguel Tavares pelos preconceitos ideológicos de direita subjacentes a muitos dos seus escritos. Ora, ontem, no "Público", publicou na sua coluna um texto intitulado "Miguel Relvas, o Efisa e a selva" que me parece ser o melhor publicado sobre a espúria relação entre Passos Coelho e o seu ministro, a propósito da compra de um banco. A célebre questão: "Passos Coelho dá 90 milhões a Miguel Relvas"...
Nesse sentido, pelo carácter pedagógico da prosa, e, também, pelo retrato que faz de Passos Coelho e da aldrabice que paira sobre este negócio, vale a pena aqui deixar a crónica do insuspeito JoãoMiguel Tavares, com a devida vénia. Ei-la, para que conste:
"Pedro Passos Coelho foi entrevistado no fim-de-semana pelo Jornal de Notícias, e quando questionado acerca da venda do banco Efisa a uma sociedade com ligações a Miguel Relvas, respondeu: “Isso é um não-assunto.” Ora, se o ex-primeiro-ministro considera o tema um “não-assunto”, eu considero meu dever esclarecer-lhe porque é que o Efisa não só é um assunto, como é um assunto muito feio.
Nos últimos dois anos, o Estado, através da Parparticipadas – sociedade anónima criada em 2010 para gerir o processo de reprivatização do BPN –, injectou 90 milhões de euros no Efisa. A última injecção, de 12,5 milhões, foi feita em Janeiro, antes da venda do antigo banco de investimento do BPN à Pivot SGPS. Essa venda terá sido realizada por


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