segunda-feira, setembro 05, 2016

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital


Suspeitas de conflito de interesses levam obras na Segunda Circular à estaca zero

Câmara de Lisboa anula os dois concursos públicos das obras da Segunda Circular. Em causa um projectista escolhido em concurso que será simultaneamente fornecedor.
Suspeitas de conflito de interesses levam obras na Segunda Circular à estaca zero
 Paulo Figueiredo
"Pelo facto de o autor do projecto de pavimentos ser também fabricante e comercializador da mistura betuminosa", é a razão apontada pelo Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina anular o concurso público das obras da Segunda Circular, "em nome da transparência", disse o autarca.
A CML diz não ter tido conhecimento deste facto aquando do lançamento do concurso.
Fernando Medina anunciou em conferência de imprensa que irá agora haver um inquérito para o apuramento das responsabilidades.
O juri do concurso detectou um potencial conflito de interesses e por isso o projecto não pode avançar "ao contrário do que era a minha vontade", disse o presidente da CML. Por isso a autarquia decidiu anular os concursos públicos, um em fase de obras (na zona do Nó de Ralis e Av. de Berlim), o segundo já adjudicado. Uma vez que o projectista dos pavimentos em causa era o mesmo em ambas as empreitadas, a autarquia decidiu cancelar os dois concursos.
E tendo em conta a decisão da autarquia de que as obras vão parar de imediato, é necessário tomar medidas de contingência. Isto é a Segunda Circular tem de ser tornar operacional novamente, e há que criar condições para minimizar os efeitos das obras que tinham sido iniciadas. Essas contingências são tapar os buracos, tratar da iluminação, etc.
Fernando Medina anunciou que irá propor à CML que sejam tomadas medidas de contingência para resolver problemas urgentes que se coloquem na 2ª Circular.
O autarca disse não saber quando haverá um novo concurso.
Esta decisão revela a prudência de Medina que vai ser sujeito a eleições no próximo ano, já que os concursos poderiam vir a ser impugnados por algum dos candidatos derrotados. 
 

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