sábado, novembro 19, 2016

António Filipe vestiu o fato de herói para abater o dragão

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital

O Desp. Chaves está na 5.ª eliminatória ao afastar o FC Porto no desempate por penáltis, após 0-0 em 120 minutos de jogo. Os dragões ficam fora da primeira prova da época
O Desportivo de Chaves foi o primeiro tomba-gigantes da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal ao afastar o FC Porto no desempate por penáltis (3-2), após uma igualdade a zero no final do prolongamento. O guarda-redes António Filipe foi o herói flaviense ao defender remates de Layún, Depoitre e André Silva.
Foi uma primeira parte muito disputada, com muita luta a meio--campo, escasseando os espaços para ambas as equipas. O FC Porto tinha algumas dificuldades em chegar com perigo à baliza de António Filipe, procurando invariavelmente lançamentos para as costas da defesa, sempre bem controladas pela dupla Leandro Freire e Carlos Ponck.
Por sua vez, o Desp. Chaves optava por tentar desequilibrar nas alas, especialmente no lado direito, beneficiando do bom entendimento entre Paulinho e Perdigão. Foi, aliás, de um lance iniciado por ambos que surgiu a jogada mais perigosa do primeiro tempo, com Paulinho a cruzar e William Oliveira a desviar de cabeça, com a bola a sair junto ao poste.
Os portistas procuravam ultrapassar as dificuldades em criar perigo na área flaviense com remates de longe, com André André em destaque neste capítulo. Numa dessas situações, o médio portista não acertou na baliza quando António Filipe estava fora da baliza.
No segundo tempo, o FC Porto subiu as suas linhas jogando mais no meio-campo adversário, mas a falta de criatividade ofensiva dos seus jogadores de ataque foi-se arrastando no tempo, obrigando invariavelmente a remates de longe e, num deles, outra vez André André - o melhor jogador do FC Porto no relvado - atirou a bola à barra. Os flavienses privilegiaram nesta fase a organização defensiva, procurando manter os adversários longe da baliza de António Filipe, o que, tirando um contra-ataque de Varela finalizado por André Silva, foi absolutamente cumprido.
Nuno Espírito Santo, treinador do FC Porto, foi bastante cauteloso na forma como analisava o jogo, uma vez que um passo em falso poderia não deixar margem para recuperação. Por isso mesmo apenas mexeu na equipa aos 78 minutos, com a entrada do belga Depoitre para jogar ao lado de André Silva, retirando o desinspirado Otávio. Os dragões passaram a ter mais presença na área, numa tentativa do técnico portista de dar um melhor aproveitamento aos vários cruzamentos efetuados pelos seus jogadores, em especial por parte de Varela. E, num desses lances, já no último minuto do tempo regulamentar, a bola andou a rondar a baliza flaviense, com António Filipe a defender um remate de Danilo Pereira e depois Nélson Lenho, quase em cima da linha, a tirar outro de Diogo Jota.
O prolongamento começou com protestos portistas, devido a uma bola que embateu no braço de Leandro Freire, tendo o árbitro João Capela mandado seguir. Logo a seguir, António Filipe evita o golo de Diogo Jota. O Desp. Chaves estava bastante recolhido no seu meio-campo, convidando o FC Porto a atacar com o objetivo de lançar o contra-ataque... que na prática nunca entrou devido à evidente quebra física da equipa.
Nesse sentido, restava aos flavienses resistir até aos penáltis. E para isso ergueram um autêntico muro à frente da baliza de António Filipe, bloqueando as investidas do FC Porto, que, com o passar do tempo, foi perdendo discernimento. Ainda assim, num lançamento longo do Chaves, Elhouni surgiu na cara de José Sá mas não conseguiu fazer o golo... e mais protestos, agora dos flavienses, que pretendiam penálti.
Com 0-0 no final do prolongamento, tudo se decidiu no desempate por penáltis, onde António Filipe foi decisivo, dando apuramento ao Desp. Chaves.

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