sexta-feira, dezembro 23, 2016

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital

A nomeação de Eduardo Vítor Rodrigues para administrador não-executivo da SAD do FC Porto motivou forte contestação da concelhia do PSD de Vila Nova de Gaia, onde Rodrigues é presidente da Câmara Municipal.
José Cancela Moura, líder do PSD em Gaia, considera que é uma "total falta de decência", questionando se o presidente da Câmara de Gaia "deveria aceitar este convite, quando o Futebol Clube do Porto é um credor privilegiado do município e um beneficiário de regalias, sem precedentes, na utilização de equipamentos desportivos, para a sua atividade desportiva", como se pode ler numa nota publicada na sua página de Facebook.

O político da oposição enumera: "Ao abrigo de uma cedência de um direito de superfície por 75 anos, de que é beneficiário, o FC Porto tem sediado em Gaia, o Centro de Estágio e Formação Desportiva Olival/Crestuma, propriedade do município, o mais sofisticado e mais caro de todos, cujo património está estimado em quase duas dezenas de milhões de euros, sem nada pagar em troca."

Ainda sobre a presença do FC Porto em Vila Nova de Gaia, assinalam que a secção de andebol "tem ainda o uso regular do Pavilhão Municipal da Lavandeira, sem pagar quaisquer contrapartidas financeiras".

"Foi também cedido à equipa B, de futebol, do FC Porto, em regime de, através de um contrato-programa revisto por este presidente da Câmara, a utilização do Estádio Jorge Sampaio, em exclusividade Pedroso, cujo valor ascende a cerca de dez milhões de euros, contra o pagamento, muito recente, de uma renda simbólica e manutenção do relvado. Importa acrescentar que a aquisição de terrenos, as expropriações, a construção de raiz ou a requalificação dos referidos equipamentos foi financiada e paga, na íntegra, pelo dinheiro dos nossos impostos."
Por isso, Cancela Moura diz que "isto só tem um nome". "Chama-se conflito de interesses e promiscuidade, com as todas as letras. Ainda que a lei o permita, é ética e absolutamente reprovável, mesmo que o lugar seja de consulta (que não é, porque o órgão é executivo), não seja remunerado (que é, pelo menos pela presença) e seja uma decisão pessoal (que não é, porque o sócio do F.C. Porto é, no caso, o presidente da Câmara de Gaia)", afirma.
Ao mesmo tempo, divulga um documento onde se mostra um contrato de ajuste direto assinado entre a CM Gaia e a agência de viagens Dragon Tour, empresa do universo FC Porto, para a aquisição de serviços de venda de vouchers com viagem e estadia para ofertas institucional, no valor de 9.300 euros, de 29/12/2015.

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