A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital
Sinagoga de Lisboa
"Logo ao princípio da rua de Alexandre Herculano avulta a sinagoga israelita, construída em 1904 por
subscrição aberta entre a colónia judaica.
De uma arquitectura mixta, com motivos de variados estilos, o novo edifício tem, conforme o preceito
hebraico, a fachada principal voltada para o poente. Rasgam-se nela dez altas frestas com vitrais, três na parte superior do templo que termina em bico, cinco a meia altura e duas a ladear a porta de entrada.
Entremos lá dentro.
Do lado direito, quási rez do solo, lê-se, numa lápide de mármore, a inscrição comemorativa do lançamento da primeira pedra. É ela a seguinte: «Colónia Israelita. Esta pedra fundamental da Synagoga portuguesa Schaare Tickva, foi collocada em 18 de Yiar de 5662 (25 de Junho de 1902) por Abraham E. Levy, sendo presidente do Comité Leão Amzalack, presidente da secção de edificação A. Anahory e thesoireiro da colónia Salomon de M. Sequerra. Arquiteto Ventura Terra».
Possui o templo hebraico algumas obras de arte entre as quais se destaca uma magnífica lâmpada de prata cinzelada por Christofanetti, pendida de um arco, a meio do templo, que se apoia em quatro colunas de mármore polido. Essa lâmpada que pesa dezassete quilogramas foi feita com a prata de outras, legadas para o templo por vários membros da colónia israelita.
Ao centro da Sinagoga ergue-se a Teba (que corresponde ao nosso púlpito) onde o Rabbino lê as orações do rito, e os Sepharim que se guardam no Ejal (arca da lei) o qual é forrado de pelúcia carmezim, tendo exteriormente duas grandes portas de mármore, representando as tábuas da lei.
O templo é iluminado por setenta e um bicos de incandescência. E bastante vasto, podendo comportar cerca de quinhentas pessoas na nave e na galeria. O nosso insigne pintor Veloso Salgado contribuiu com o seu inspirado pincel para o ornamento interior do templo. A inauguração da Schaare Tickva (que quere dizer Portas da Esperança) realizou-se em 18 de Maio de 1904, vindo a assistir a essa cerimónia o Rabbino de Gibraltar Moisés Benazim.
Junto à Sinagoga fica o prédio do sr. Ventura Terra que obteve o primeiro Prémio Valmor."
in "Depois do Terremoto - SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DOS BAIRROS OCIDENTAIS DE LISBOA, vol. III, de G. de Matos Sequeira
subscrição aberta entre a colónia judaica.
De uma arquitectura mixta, com motivos de variados estilos, o novo edifício tem, conforme o preceito
hebraico, a fachada principal voltada para o poente. Rasgam-se nela dez altas frestas com vitrais, três na parte superior do templo que termina em bico, cinco a meia altura e duas a ladear a porta de entrada.
Entremos lá dentro.
Do lado direito, quási rez do solo, lê-se, numa lápide de mármore, a inscrição comemorativa do lançamento da primeira pedra. É ela a seguinte: «Colónia Israelita. Esta pedra fundamental da Synagoga portuguesa Schaare Tickva, foi collocada em 18 de Yiar de 5662 (25 de Junho de 1902) por Abraham E. Levy, sendo presidente do Comité Leão Amzalack, presidente da secção de edificação A. Anahory e thesoireiro da colónia Salomon de M. Sequerra. Arquiteto Ventura Terra».
Possui o templo hebraico algumas obras de arte entre as quais se destaca uma magnífica lâmpada de prata cinzelada por Christofanetti, pendida de um arco, a meio do templo, que se apoia em quatro colunas de mármore polido. Essa lâmpada que pesa dezassete quilogramas foi feita com a prata de outras, legadas para o templo por vários membros da colónia israelita.
Ao centro da Sinagoga ergue-se a Teba (que corresponde ao nosso púlpito) onde o Rabbino lê as orações do rito, e os Sepharim que se guardam no Ejal (arca da lei) o qual é forrado de pelúcia carmezim, tendo exteriormente duas grandes portas de mármore, representando as tábuas da lei.
O templo é iluminado por setenta e um bicos de incandescência. E bastante vasto, podendo comportar cerca de quinhentas pessoas na nave e na galeria. O nosso insigne pintor Veloso Salgado contribuiu com o seu inspirado pincel para o ornamento interior do templo. A inauguração da Schaare Tickva (que quere dizer Portas da Esperança) realizou-se em 18 de Maio de 1904, vindo a assistir a essa cerimónia o Rabbino de Gibraltar Moisés Benazim.
Junto à Sinagoga fica o prédio do sr. Ventura Terra que obteve o primeiro Prémio Valmor."
in "Depois do Terremoto - SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DOS BAIRROS OCIDENTAIS DE LISBOA, vol. III, de G. de Matos Sequeira
Casa Ventura Terra, prémio Valmor de 1903, e a Sinagoga de Lisboa, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
Sinagoga de Lisboa, interior, foto do Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian
Sinagoga de Lisboa, foto do Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian
Sinagoga de Lisboa, interior, foto do Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian
Sinagoga de Lisboa, lápide, foto do Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian
Sem comentários:
Enviar um comentário