segunda-feira, dezembro 05, 2016

Grande Lisboa mete água. Nem o São José escapou

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital




Inundações no distrito de Setúbal, vários carros submersos. No Hospital de São José a água chegou à porta da sala de exames
Muitas inundações em vias públicas e em habitações, quedas de árvores e de algumas estruturas. Foi este o resultado do mau tempo registado ontem, sobretudo no Sul do país. O Hospital de São José, em Lisboa, também foi afetado, tendo sido usadas toalhas para evitar a entrada de água na sala de acesso aos exames no edifício da urgência.
Só no distrito de Lisboa, às 23.00, a Autoridade Nacional da Proteção Civil tinha registadas 171 ocorrências, que mobilizaram 520 operacionais. Também os distritos de Setúbal, em especial a zona de Corroios (Seixal), e Santarém foram fustigados pela chuva intensa que caiu durante a tarde. Em todo o país foram contabilizadas mais de 400 ocorrências.
A chuva forte e o vento intenso deixaram o país quase todo em aviso amarelo. Não se registaram vítimas nem danos maiores, mas para muitos ontem foi um dia para esquecer. Sobretudo para quem mora na zona de Corroios, onde a chuva transformou estradas em lagos e deixou carros quase submersos. Ao final da noite, o distrito de Setúbal tinha já registadas 72 ocorrências, menos cinco do que o distrito de Santarém (até às 23.00).

Mas foi o distrito de Lisboa que mais ocorrências teve por causa do mau tempo. No Hospital de São José, a água entrou nas traseiras do edifício das urgências e chegou à porta da sala de exames. "Foi quando a chuva caiu de forma mais intensa às 15.30. Houve água a escorrer do teto do segundo para o primeiro andar e depois para o piso térreo, e as escalas ficaram alagadas nas traseiras do edifício das urgências. A água chegou à porta da sala do raio X. Quatro empregadas limparam e colocaram toalhas junto à porta para isolar", contou ao DN um doente que estava no local na altura e que enviou fotos.
Questionado, o gabinete de imprensa do Centro Hospitalar Lisboa Central, a que pertence o São José, negou qualquer situação de inundação: "O que se passou é que entrou água pela porta do pátio, que tem de estar aberta, que fica junto à capela e a caminho da sala de exames, por causa da chuva forte e do vento. Não houve qualquer situação de água a escorrer pelo teto ou a alagar escadas." Em setembro, a queda da parte de um teto num corredor por causa da pressão exercida por cablagem que se desprendera das vigas de sustentação obrigou à transferência de vários doentes que estavam no internamento de cirurgia.
Para hoje esperam-se novamente períodos de chuva forte e trovoadas nas regiões do Sul e do centro do país. Mas será no Algarve que se prevê chuva mais intensa, situação que se deverá prolongar até ao início da manhã de segunda-feira. O vento poderá ter rajadas até 75 km/hora.

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