sexta-feira, dezembro 30, 2016

Primeiro-ministro de Israel entendeu proposta da Nova Zelândia
 como uma provocação. Israel reduziu as relações com os países 
do Conselho de Segurança
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu terá avisado
 o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia,
 Murray McCully, que a resolução da ONU que exige o fim 
"imediato" e "completo" da política de colonatos nos territórios 
palestinianos, só pode ser entendida como uma "declaração de guerra".
Segundo o Guardian, que cita jornais israelitas, o primeiro-ministro 
de Israel ligou para 
a Murray McCully antes de a resolução ter sido apresentada 
e aprovada por unanimidade no conselho de segurança, 
na passada sexta-feira. "Esta decisão é escandalosa. 
Estou a pedir-vos que que não a apoiem e não a aprovem", 
terá dito Netanyahu ao representante da Nova Zelândia, 
um dos países que apresentou a proposta.
"Se continuarem a promover esta resolução, do nosso ponto
 de vista será uma declaração de guerra. Vai romper as nossas
 relações e haverá consequências. Vamos chamar o nosso
 embaixador [da Nova Zelândia] para Jerusalém".

"Se continuarem a promover esta resolução será uma declaração de guerra. Haverá consequências."

A proposta votada no Conselho de Segurança foi apresentada
 pela Nova Zelândia e pelo Senegal, que se juntaram à iniciativa
 da Malásia e da Venezuela, dois países com os quais Israel não
 tem relações diplomáticas.
O ministro neozelandês recusou retirar a proposta. "Esta resolução 
segue as nossas políticas e nós vamos avançar", afirmou McCully.
Israel cumpriu a sua palavra e já chamou os seus embaixadoresda
 Nova Zelândia e do Senegal.
Quanto aos restantes estados, o governo de Jerusalém reduziu 
as relações com os países que votaram a favor da resolução 
das Nações Unidas contra a colonização dos territórios 
palestinianos ocupados e anulou o seu programa de ajuda nos países 
da África ocidental.
Refutando informações de que as relações com estes países foram 
suspensas permanentemente, o porta-voz do ministério israelita dos 
Negócios Estrangeiros, Emmanuel Nahshon declarou esta 
terça-feira que Israel "reduziu temporariamente" visitas e trabalhos
 com as embaixadas.
"Até nova ordem, nós limitaremos os nossos contactos com as
 embaixadas em Israel e evitaremos deslocações de responsáveis
 israelitas a estes países e a vinda dos seus responsáveis aqui", 
afirmou o representante do ministério israelita, à agência de
 notícias France-Presse.
O responsável referia-se aos países que integram o Conselho de
 Segurança das Nações Unidas, que votaram na sexta-feira a 
resolução da ONU contra a colonização dos territórios palestinianos 
ocupados, considerando também que estes não têm "qualquer valor jurídico".
As Nações Unidas afirmam que os colonatos são ilegais, mas 
autoridades da ONU relataram um aumento na construção
 nos últimos meses. Estes colonatos nos territórios palestinianos 
são considerados como um grande obstáculo à paz entre Israel e Palestina, assim como na região.
No Conselho de Segurança da ONU têm assento permanente os 
Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, e, 
como membros não permanentes, estão o Egito, Senegal, Angola,
 Japão, Ucrânia, Malásia, Uruguai, Venezuela, Nova Zelândia e Espanha.

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