Questionado sobre quem seriam as vozes, o ministro das Finanças respondeu apenas: “Não me estou a referir a ninguém”. Esta quinta-feira, Mário Centeno esteve mostrou ao Eurogrupo os dados da economia portuguesa
Mário Centeno apresentou esta quinta-feira ao Eurogrupo os dados relativos à economia portuguesa. Em Bruxelas, o ministro das Finanças sublinhou que o encontro serviu para confirmar que algumas pessoas estavam erradas relativamente ao futuro de Portugal.
“Neste momento, acho que já não houve surpresas. Mas houve de certeza a confirmação de que muitas vozes do Eurogrupo estavam enganadas. Mais [grave] do que andar enganado neste mundo em que a comunicação é um fator-chave é o impacto que esses enganos têm noutras pessoas e noutras instituições”, disse Centeno aos jornalistas. Questionado sobre quem seriam as vozes, respondeu apenas: “Não me estou a referir a ninguém”.
Para o ministro das Finanças, “houve alguma resistência em perceber os números”, tanto a nível interno como externo. “Houve uma resistência a perceber os números. Há contas que, aritmeticamente, levam um tempo a perceber os números.”
À saída da reunião de ministros das Finanças da zona euro, na qual Comissão Europeia e Banco Central Europeu deram conta das conclusões da quinta missão de monitorização pós-programa (realizada em Portugal no final do ano passado), Centeno garantiu que os compromissos assumidos por Portugal serão cumpridos.
“Entrámos para o Governo numa situação em que os níveis de confiança face a Portugal estavam em grande queda. O ano de 2016 foi um ano de consolidação e rectificação da economia, mas também dos níveis de confiança”, insistiu o ministro, salientado que os dados relativos a Janeiro são “uma boa base para lançar o primeiro trimestre”.
Esta quinta-feira à tarde foram divulgado os dados sobre o défice das administrações públicas. Comparativamente a 2015, o valor diminuiu 497 milhões de euros em 2016, anunciou em comunicado o Ministério das Finanças.
No documento mesmo documento, é adiantado que com esta redução, o défice público é agora de 4256 milhões de euros e que, com “este excelente resultado da execução em contabilidade pública” se antecipa “que o défice não seja superior a 2,3% do PIB”.
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