Faria hoje 75 anos. Durante o Campeonato do Mundo de 1966, Joseph-Marie Filippi escreveu que o seu nome ressoava como o de uma personagem de Musset. Trouxe-o para a literatura
Dia 25 de Janeiro. Eusébio faria hoje 75 anos. Devia estar a comemorá-los com os amigos, com aqueles de quem gostava e que gostavam dele. A morte traiu-o pelo caminho.
Tive a oportunidade de, ao longo do tempo que conheci Eusébio, escrever muito sobre ele. Sobre o que me contou, sobre o que vi, sobre o que me contaram sobre ele, sobre o que li. Deu para muitas e muitas crónicas de jornal, para muitas entrevistas, para dois livros: “Viagem em Redor do Planeta Eusébio” e “Eusébio Enciclopédia”.
Continuo a escrever sobre Eusébio. É uma forma de o manter vivo.
O mais fascinante personagem que vi sobre um campo de futebol. Figura antediluviana... Absoluta!
Durante o Campeonato do Mundo de 1966, Joseph-Marie Filippi, no insuspeito “Le Monde”, escreveu isto: “Eusébio, melhor marcador do Mundial, esse atleta excepcionalmente dotado cujo nome ressoa como o de uma personagem de Musset. O mundo inteiro procurava o título. Numerosos países mobilizaram as suas forças para o conquistar. Cada equipa foi apoiada pelo entusiasmo de milhões de adeptos. E um jogador escuro, de um pequeno país, impõe a sua lei frente a essas multidões febris. Creio ser necessário dizer obrigado a Eusébio. Ele demonstrou-nos que os empreendimentos humanos não devem tudo à máquina, nem ao gregarismo de uma sociedade anónima, e quanto podem ainda contar, sobre o velho instrumento da calúnia, com o esforço do homem e o valor individual de enfrentar obstáculos. Sim, as exibições de Eusébio talvez tenham um significado simbólico. Nesta época da ‘Marcha da Paz’ e da ‘Marcha Contra o Medo’, não é apenas com os pés que se defende a Humanidade”.
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