sexta-feira, março 10, 2017

Num debate que não foi bonito, partidos questionaram caso dos offshores

A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital


A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai realizar ainda este mês a emissão de dívida subordinada no montante de 500 milhões de euros, uma parte importante da operação de recapitalização em curso no banco público.


Esta informação foi hoje avançada em conferência de imprensa pelo administrador financeiro, José de Brito, tendo acrescentando que no prazo de 18 meses será realizada a restante emissão de dívida, de 430 milhões de euros.

A emissão de dívida que a CGD está a preparar faz parte do processo de recapitalização do banco, com o objetivo de aumentar o seu capital em cerca de 5.000 milhões de euros, o que servirá para assumir maiores níveis de imparidades (perdas potenciais, nomeadamente com créditos), cumprir rácios de capital (indicadores de solvabilidade da instituição) mais exigentes e ainda fazer face aos custos da reestruturação que será feita (sobretudo saída de pessoal, nomeadamente através de reformas).
Do valor total do aumento de capital, já foi executada a primeira fase, que equivale a cerca de 1.300 milhões que vieram de operações contabilísticas (a integração da ParCaixa e a conversão para capital das obrigações contingentes subscritas pelo Estado em 2012, os chamados 'CoCo').
Já o restante valor de 2.700 milhões vai ser uma injeção de dinheiro direta do Estado e cerca de 1.000 milhões de euros de emissão de dívida subordinada que conta para efeitos de capital.
Para já será feita a primeira fase da emissão de dívida, no valor de 500 milhões de euros, necessária pelo acordo com a Comissão Europeia para que o Estado injete os 2.700 milhões de euros.
A CGD apresentou hoje prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros em 2016, mais de dez vezes o resultado negativo de 171 milhões de euros de 2015.
O fecho de contas do banco público era fundamental para a instituição começar a contactar os investidores (fazer 'road shows') que eventualmente possam vir a comprar dívida.
Esta dívida (que poderá ser usada para assumir perdas em caso de dificuldades futuras do banco) é dirigida exclusivamente a investidores institucionais, nomeadamente fundos de investimento e 'hedge funds', fundos de pensões e seguradoras.
Em meados de fevereiro, o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, já tinha dito no Parlamento que a primeira parte da emissão de dívida deveria acontecer até final deste mês de março e assegurou que existem "vários investidores interessados".
Em outubro passado, o mesmo governante tinha afirmado que acreditava que a emissão de dívida poderia ser feita com um juro abaixo dos 10%.

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