Comissão assume hoje que o país já cumpre um défice abaixo
dos 3%. CDS congratula-se, mas gostaria que tivesse sido
mais cedo
A Comissão Europeia anuncia hoje a saída de Portugal
do Procedimento por Défice Excessivo. A decisão foi tomada
a semana passada, na quarta-feira, segundo Marques Mendes,
pelo colégio de comissários europeus e será confirmada na reunião
do Eurogrupo, que se realiza à tarde.
O mérito desta saída - depois de Portugal se ter mantido
nesta situação desde 2009 -, segundo o comentador da SIC,
foi do governo de Passos Coelho que trouxe o défice de 12%
para os 3% e o governo de António Costa "que prosseguiu com
sucesso esta caminhada histórica".
O CDS foi o primeiro partido a pronunciar-se sobre a decisão,
mesmo antes da Comissão Europeia assumir a decisão em Bruxelas.
"Gostaríamos que a saída do procedimento de défice excessivo
tivesse acontecido mais cedo", afirmou Assunção Cristas, que
se congratulou com a decisão. A líder dos centristas atribuiu o feito
ao "esforço de muito portugueses".
Cristas relembrou - que visitou ontem a Feira do Vinho do Douro
Superior, em Vila Nova de Foz Coa - que, em outubro, escreveu
uma carta ao presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker
sinalizando que, uma vez que o défice de 2015 tinha ficado
em 2,98%, que fazia sentido imediatamente a saída deste procedimento".
A saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo
(PDE) vai deixar o país sujeito a regras mais apertadas, mas
vai abrir também caminho a cláusulas de flexibilidade, vedadas
até aqui, que permitem desvios face àquelas obrigações.
Depois de oito anos em que Portugal esteve no PDE, por ter um
défice superior a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) Bruxelas
vai encerrar o procedimento hoje.
No entanto, esta decisão não significa necessariamente um alívio
para Portugal uma vez que, saindo do PDE, passa do braço
corretivo para o braço preventivo do Pacto de Estabilidade e
Crescimento (PEC), ficando do mesmo modo obrigado a apresentar
ajustamentos estruturais todos os anos e a baixar a dívida pública
a um ritmo mais acelerado. Com Lusa
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