segunda-feira, dezembro 20, 2010

O QUE ESTA EM CAUSA NESTA ELEIÇÃO È O BPP

Tirei do site do BPP em bom tempo: "Pres. Ass. Geral - José Miguel Júdice - Ex. PSD Pres. Cons. Consultivo - Francisco Pinto Balsemão - PSD (2.º maior accionista e maior investidor privado) Vogais: Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto - Ex. Ministro PSD António Pires de Lima - Ex. Deputado CDS/PP João de Deus Pinheiro - Ex. Ministro PSD Jorge Braga de Macedo - Ex. Ministro PSD Maria José Nogueira Pinto - Ex. Deputado CDS/PP" Naturalmente, as ligações partidárias acrescentei eu! Porque é que a imprensa NUNCA teceu comentários acerca destes FACTOS? Não são dignos de noticia e análise?? E esta malta recebeu algum dinheiro ou ficaram a 'arder' como tantos? E, se receberam, o que fizeram ao pilim? Depositaram na CGD ou numa off-shore?


O Banco Privado Português tem um capital de 150 milhões de euros, 180 empregados, interesses em Portugal e Angola, e três mil clientes. No fim de 2007 os depósitos somavam 584,8 milhões de euros. Os movimentos anuais rondam os dois mil milhões. O BPP não é um banco comercial. É um banco gestor de fortunas. Parece que está em maus lençóis. Pediu ao Banco de Portugal um aval de 750 milhões de euros, mas o BdP o mais que está disposto a avalizar são 45 milhões, ou seja, 6% do solicitado. A corrida aos depósitos já começou. O governo descarta (e muito bem) a hipótese de nacionalização do BPP. Os contribuintes não têm de pagar os investimentos privados dos milionários indígenas. Uma solução seria a compra do BPP por outro grupo, mas nem a CGD, nem o BCP, nem o BES, nem o BPI se mostraram interessados. Pelo contrário. Tudo indica que o banco de João Rendeiro — detentor de uma importante colecção de arte contemporânea, à guarda da Fundação Ellipse — vá desaparecer do mapa. A crise é isto. Bem vistas as coisas, Rua das Fisgas é um nome que não augurava nada de bom.


O BPP deu o estouro em Novembro de 2008. Os clientes ficaram a arder. A sede em Lisboa esteve cercada dias a fio. A filial do Porto foi ocupada por clientes a 29 de Dezembro de 2009. João Rendeiro, o patrão, permanece impávido. Em Abril de 2010, o Banco de Portugal retirou ao BPP a autorização para o exercício de actividade, decretando a sua imediata dissolução e liquidação. Há dois meses, Luís Miguel Henrique e Daniel Lobo Antunes lançaram um livro que faz luz sobre o imbróglio — A Face Oculta do BPP.







O presidente da assembleia-geral do BPP era o advogado José Miguel Júdice. Francisco Pinto Balsemão era presidente do conselho consultivo. O socialista João Cravinho (autor do prefácio do livro que Rendeiro lançou no próprio dia em que o banco deu o estouro), bem como os sociais-democratas Álvaro Barreto, Fernando Lima, João de Deus Pinheiro, Jorge Braga de Macedo, Paulo Guichard, Pinto Barbosa e Viana Baptista faziam parte dos órgãos sociais. Stefano Saviotti, Joaquim Coimbra, Diogo Vaz Guedes e Rui Machete, entre outros, eram clientes.







No passado dia 11, a casa de João Rendeiro na Quinta Patiño, Estoril, foi alvo de buscas da polícia. Rendeiro estaria no Brasil, chegou dias depois. A polícia diz que ter feito tudo como manda o protocolo. O advogado de Rendeiro, José Miguel Júdice, diz que não: entrada pelo tecto, ameaças à mulher, à governanta e ao cão de Rendeiro, etc. Carta de Júdice hoje publicada no Diário de Notícias. Conclusão? Cada um tire a que quiser. No mesmo dia foram também efectuadas buscas às casas de diversos amigos de Rendeiro




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