sábado, julho 20, 2013

PERÍODO DE TRANSIÇÃO PARA DESPEDIMENTOS

Governo e troika negoceiam 18 dias para indemnizações

por Lusa, texto publicado por Isaltina Padrão04 janeiro 2013242 comentários
Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia.
Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia.Fotografia © João Girão/Global Imagens

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, confirmou hoje que vai negociar com a 'troika' um período de transição na convergência para os 12 dias de indemnização por despedimento.

"O que temos falado com os parceiros sociais e terá de ser falado com a 'troika' é haver um período de transição, em que durante a fase inicial o valor das indemnizações num contrato de trabalho seja mais elevado e depois possa baixar para os 12 dias" disse aos jornalistas.
Álvaro Santos Pereira, que falava em Aveiro à margem de uma reunião com empresários para recolher contributos para a Estratégia de Fomento Industrial, escusou-se a adiantar pormenores da proposta a negociar com a 'troika'.
Segundo fonte do Ministério da Economia a proposta portuguesa poderá apontar para uma compensação de 18 dias no período inicial, que será progressivamente reduzida, numa fase de transição de cinco anos, tal como avançou hoje o Correio da Manhã.
Álvaro Santos Pereira, nas declarações aos jornalistas não foi explícito, limitando-se a dizer que o assunto "será debatido com os parceiros e os partidos no Parlamento", estimulando o diálogo e a concertação social.
"Vamos continuar a falar com os parceiros. Havia uma solução em cima da mesa e tenciono que essa solução seja debatida com os partidos. Tenciono também que o Fundo de Compensações entre em vigor no mesmo dia em que estas alterações às indemnizações vão ser feitas", sublinhou.

UGT diz que troika rejeitou 18 dias de indemnização

por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca08 janeiro 201356 comentários
UGT diz que troika rejeitou 18 dias de indemnização
Fotografia © Jorge Amaral/Global Imagens
A UGT disse hoje que o ministro da Economia terá apresentado à troika duas propostas de redução das indemnizações por despedimento, uma para 18 dias e outra para 12 dias, tendo sido a primeira rejeitada.
No final de um encontro com o grupo parlamentar do PS, no Parlamento, o secretário-geral da UGT, Joao Proença, afirmou que Álvaro Santos Pereira "discutiu com a 'troika' uma proposta de valor das compensações [por despedimento] correspondente a 18 dias e outra de 12 dias".
"Sabemos que a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) recusou [a mais elevada], defendendo a média de 12 dias" e, por isso, o Governo terá levado ao Conselho de Ministros a proposta mais baixa, adiantou Joao Proença.
O sindicalista referiu que para a UGT a média de 12 dias é "inaceitável", sendo "uma fraude que vai contra a média comunitária".
"Dissemos à 'troika' que é uma fraude falar numa média comunitária de 12 dias e achamos que a 'troika' tem de rever a sua posição", acrescentou Proença, reiterando que o acordo assinado em Concertação Social há um ano tem de ser cumprido, não só pelo Executivo, mas também pelos patrões que defendem "quanto menos melhor".
O Governo entregou na quarta-feira no Parlamento uma proposta de lei que prevê a redução das compensações por despedimento para 12 dias de remuneração por cada ano de antiguidade, novas regras que deverão entrar em vigor já em 2013.

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