terça-feira, maio 27, 2014

Lima diz que há uma "mão" a conduzir

Duarte Lima diz que há uma "mão" a conduzir as notícias que o envolvem no homicídio de Rosalina Ribeiro

Se continuar em silêncio sobre o paradeiro do dinheiro que Duarte Lima terá recebido de Rosalina Ribeiro, o ex-deputado do PSD estará a prejudicar-se, acredita José Miguel Júdice.


"Ele devia explicar as coisas, é do interesse dele", defende o advogado da filha de Lúcio Tomé Feteira, Olímpia de Menezes, em declarações ao i. "Já se confirmou que recebeu dinheiro da cliente [Rosalina Ribeiro] e se não o declarou é porque não é dele. Não sendo dele, ou é da Rosalina Ribeiro ou é da herança", argumenta Júdice, acrescentando que, ao manter o dinheiro, Duarte Lima estará a "levantar suspeitas" em relação ao seu envolvimento no caso do homicídio da portuguesa, em Dezembro do ano passado no Brasil.

 Por agora, o principal interesse da filha de Tomé Feteira e dos restantes herdeiros do empresário de Vieira de Leiria é, segundo o advogado, reaver a parte da herança em que Rosalina terá mexido. "A única coisa que quero neste momento é que devolvam a herança e se o Duarte Lima quiser que a sua implicação no caso fique clara, que entregue, então, o dinheiro", desafia José Miguel Júdice.

Duarte Lima quebra silêncio Duarte Lima acredita que há "uma mão" a conduzir as notícias que o envolvem no caso da morte de Rosalina Ribeiro. "Não me lembro na minha vida de assistir a uma montagem tão vil e tenebrosa", disse ontem, na primeira entrevista que deu sobre o caso.

 Questionado por Judite de Sousa, na RTP, sobre quem estará a conduzir essa montagem, o ex-deputado do PSD ficou em silêncio. Duarte Lima recusou-se a responder a várias perguntas, invocando sigilo profissional e avisou que não falaria sobre detalhes processuais.

 Também se recusou a comentar as movimentações financeiras com Rosalina Ribeiro, mas garantiu que tiveram sempre "proveniência de contas que lhe pertenciam e que ela podia movimentar". 

Sobre a noite em que Rosalina Ribeiro morreu, o advogado revelou que nunca esteve previsto nenhum jantar e voltou a dizer que não se lembra do sítio onde se encontrou com a ex-secretária.

 Sobre o facto de ter percorrido uma distância de 500 quilómetros de carro entre Belo Horizonte e o Rio de Janeiro, Duarte Lima justificou-se, dizendo que esteve por três vezes em Belo Horizonte por razões "pessoais e profissionais" em 2009 e que costuma fazer longas viagens de carro, até por ser "mais seguro" do que viajar de avião.

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