É Obra
A seleção nacional de sevens conseguiu esta madrugada, no Hong Kong Sevens e pela primeira vez no seu historial, não perder diante da poderosa Nova Zelândia (24-24).
O maior torneio de râguebi de sete do planeta assistiu esta madrugada a mais uma das frequentes surpresas que tornam esta variante uma das mais espetaculares modalidades do mundo dos desportos coletivos. No 23.º duelo entre dois países nos antípodas dos sevens - os All Blacks são campeões mundiais e venceram 12 das 15 edições do circuito mundial! - Portugal pela primeira vez não saiu derrotado e para quem nunca marcara mais que 14 pontos (2 ensaios) ao seu colossal rival, os 4 ensaios de hoje sabem a algo profundamente reconfortante.
E o jogo até nem poderia ter começado da pior maneira para as nossas cores, pois o árbitro sul-africano - aos 25 segundos de jogo! - decidiu inexplicavelmente mostrar cartão amarelo a José Maria Vareta, por este não ter largado de imediato a bola que saíra pela linha lateral...Os neozelandeses aproveitaram o homem a mais por 2 minutos, no lance seguinte fariam o primeiro ensaio... e aos 6 minutos já venciam por claros 17-0 fruto de 3 toques de meta.
Só aí os Lobos passaram a respirar, saíram pela primeira vez da sua área de 22 e no último lance da 1.ª parte, Adérito Esteves jogou rapidamente à mão uma falta, atirou com tudo perante dois adversários e marcaria o ensaio inaugural português. Com fortes e penosos custos pessoais, já que na queda viu um all black cair-lhe sobre o seu ombro esquerdo, sendo obrigado a sair e a perder, pela certa, o que resta do torneio.
Na 2.ª parte Portugal surgiu transfigurado, finalmente crente nas suas possibilidades, com os jogadores de Pedro Netto corajosos e a olharem o adversário olhos nos olhos. O capitão Diogo Mateus, recebendo um passe sumptuoso de Vareta, cedo reduziria para 17-12.

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