domingo, outubro 18, 2015

João Mendes,
 
O comentário que reproduz é uma resposta aos que defendem a ideia (essa sim, imbecil) de que todos os que votaram PS, todos os que votaram BE e todos os que votaram CDU preferem um Governo PS+BE+CDU a um Governo PSD+CDS ou até a um Governo PSD+CDS+PS.

Em primeiro lugar, há cada vez mais dirigentes do PS(!) a manifestarem-se contra a coligação PS+BE+CDU. 

Extrapolando para os militantes do PS (que, supostamente, terão todos votado nesse partido) e para os eleitores que “flutuam” entre PSD, a abstenção e o PS, é mais do que evidente que uma parte significativa dos 32,38% do PS não são a favor de uma coligação PS+BE+CDU.

Como até a direcção do BE diz que só aceita apoiar/integrar um Governo PS+BE se esse Governo governar com o programa do BE, isso significa que nem sequer os 32,38% de votos no PS podem ser contados como a favor de um Governo PS+BE (com o programa do BE, que parece ser a única forma de esse Governo se formar).

Ou acha que foram assim tantos a votar no PS a querer que este governe com o programa do BE?


Em segundo lugar, se a lógica é “todos os que votaram num partido querem esse partido no Governo” e “quem não votou num partido não o quer no Governo” para concluir que :

100%-38,34%=61,66% não quer a PàF no Governo então 100%-32,38%=67,62% não quer o PS no Governo, 100%-10,22%=89,78% não quer o BE no Governo e 100%-8,27%=91,73% não quer a CDU no Governo.

De qualquer forma, na entrevista à TVI de ontem, António Costa disse taxativamente que, com as condições que o BE impõe (acordo apenas para o primeiro Orçamento de Estado e “renegociação” unilateral da dívida), não haverá Governo PS+BE. - 

Pois, digo eu

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