“Portugal necessita, neste momento da nossa história, de um governo com solidez e estabilidade. Este é o tempo do compromisso. O país tem à sua frente um novo ciclo político, em que a cultura do diálogo e da negociação deve estar sempre presente.” 8 de outubro
“O conjunto de poderes atribuído ao Presidente da República é adequado e proporcionado ao lugar que a Constituição lhe atribui, na interação com o Parlamento, o Governo e os tribunais.” 17 de outubro “Ainda tenho forte esperança de que os superiores interesses de Portugal não deixarão de estar presentes nas mentes de todos os nossos agentes políticos.” 22 de outubro “Indigitei hoje, como primeiro-ministro, o doutor Pedro Passos Coelho, líder do maior partido da coligação que venceu as eleições do passado dia 04 de outubro.” “Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajetória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional.” “Se o Governo formado pela coligação vencedora pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o país precisa, considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas.” A observância dos compromissos assumidos no quadro da Zona Euro é decisiva, é absolutamente crucial para o financiamento da nossa economia. “Em 40 anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas, isto é, de forças políticas que, nos programas eleitorais com que se apresentaram ao povo português, defendem a revogação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental, da União Bancária e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, assim como o desmantelamento da União Económica e Monetária e a saída de Portugal do Euro, para além da dissolução da NATO.” “Este é o pior momento para alterar radicalmente os fundamentos do nosso regime democrático, de uma forma que não corresponde sequer à vontade democrática expressa pelos portugueses nas eleições do passado dia 04 de outubro.” 28 de outubro “Aquilo que havia a dizer sobre esse assunto [nomeação do governo] já disse na intervenção que eu produzi que foi muito clara e não estou arrependido nem de uma única linha de tudo aquilo que eu disse.” 30 de outubro, na tomada de posse do governo de Passos Coelho: “Reitero o que afirmei precisamente nesse ano de 2009, aquando da tomada de posse do XVIII Governo Constitucional: ‘O Governo que hoje toma posse tem plena legitimidade constitucional para governar. Conquistou essa legitimidade nas urnas’.” Sem estabilidade política, Portugal tornar-se-á um país ingovernável. E, como é evidente, ninguém confia num país ingovernável “Tive presente, por outro lado, que, até ao momento da indigitação do primeiro-ministro, não me foi apresentada, por parte das outras forças políticas, uma solução alternativa de Governo estável, coerente e credível.” 2 de novembro “Portugal é um país respeitado pelos países da União Europeia, precisamente porque é um país que assume os compromissos que estão sobre a mesa no quadro europeu aos mais variados níveis. Isso não vai mudar, é o meu convencimento.” 11 de novembro “No espírito científico, as disputas são resolvidas não pela força mas pelo diálogo esclarecido. A ciência é edificada não por argumentos de autoridade, mas pela cooperação e pelo respeito mútuo.” 16 de novembro “Eu como primeiro-ministro de um Governo estive cinco meses em gestão. (…) Vá ver nos dois casos de crises anteriores que aconteceram – um foi em 1987 e um em 2009 [sic, queria referir-se a 2011] – quantos dias esteve o Governo em gestão, o que é que fez o Presidente da República de então e quais foram as medidas importantes que esse Governo de gestão teve que tomar.” 17 de novembro “Felizmente esta crise política ocorre em situações que são muito mais favoráveis do que aquelas que se verificavam na última que tinha ocorrido, que foi em 2011. (…) [Portugal tem hoje] uma almofada financeira de dimensão substancial.” 23 de novembro, numa nota da Presidência da República “O Presidente da República solicitou ao secretário-geral do Partido Socialista a clarificação formal de questões que, estando omissas nos documentos, distintos e assimétricos, subscritos entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista ‘Os Verdes’, suscitam dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura”. 24 de novembro, numa nota da Presidência da República “O Presidente da República de República decidiu, ouvidos os partidos políticos com representação parlamentar, indicar o Dr. António Costa para primeiro-ministro”. - Veja mais em: http://www.dinheirovivo.pt/economia/o-que-disse-cavaco-sobre-a-formacao-do-novo-governo/#sthash.odpkPkbA.dpuf
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