sábado, janeiro 09, 2016

Banif: "um problema envenenado", diz primeiro-ministro


ARMADILHA ATRÁS DE ARMADILHA E SEGUE MAIS UMA ARMADILHA

António Costa volta à Quadratura do Circulo pela primeira vez desde que foi eleito primeiro-ministro
Pela primeira vez, desde que se assumiu como candidato a chefe do governo e depois de ter sido eleito primeiro-ministro, António Costa volta ao programa Quadratura do Circulo, emitido pela SIC Notícias. À mesa com Pacheco Pereira, António Lobo Xavier, Jorge Coelho (que ocupou o lugar deixado vago por António Costa) e moderado por Carlos Andrade.
Questionado por Pacheco Pereira sobre o processo que envolveu a venda do Banif e se esta era a solução possível, António Costa foi taxativo: "Era um problema envenenado no momento em que foi preciso tomar uma decisão". O primeiro-ministro recordou o processo de três anos, depois do governo ter injetado capital no banco, em que a Comissão Europeia recusou oito planos de reestruturação por motivos diferentes.

Costa acusa anterior governo de "irresponsabilidade política" nas Primeiro-ministro acredita que chegará a bom resultado nas negociações em relação à concessão da TAP, embora ainda não exista entendimento

No regresso à Quadratura do Círculo, António Costa afirmou que se tratou de "uma irresponsabilidade política" os processos de concessão dos transplantes públicos de Lisboa e Porto e da TAP. Questionado por Lobo Xavier sobre o investimento estrangeiro e os sinais que estão a ser dados com os recuos em relação a decisões do anterior governo, o primeiro-ministro afirmou que o que foi vendido é que o "já existia e que nada veio criar ativos novos".
Sobre as concessões, António Costa foi muito critico à atuação do anterior governo, que assinou contratos em campanha eleitoral e já depois de ter sido afastado na Assembleia da República. "Foi uma irresponsabilidade política do governo anterior em cima das eleições proceder ao processo de concessão dos transportes do Porto contra todas as autarquias que são servidas pela STCP", disse.
Relativamente à TAP, António Costa classificou o processo de falta de ética democrática. "É um caso de escola do que é inaceitável. O contrato foi assinado no dia a seguir da demissão do governo na Assembleia da República. O que é lamentável é que o governo em cima das eleições, em plena campanha e já demitido se permitiu assinar contratos, sabendo que havia uma profunda divergência. No caso da TAP acho que vai correr bem, que vai ser possível chegar a um bom resultado. Ainda não há entendimento, mas acho que vai haver e que vamos chegar um bom entendimento".

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